Desemprego no Brasil cai para 13% e atinge 13,5 mi de pessoas

Segundo dados da Pnad Contínua, a taxa de desemprego caiu 1,6 ponto percentual no trimestre entre setembro e novembro.

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 13% no trimestre entre abril e junho deste ano, informou nesta sexta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da redução de 0,7% no índice, quando comparado com os números calculados entre janeiro e março, o país ainda conta com 13,5 milhões de desempregados. Na comparação com o mesmo período de 2016, no entanto, o índice ainda está 1,7% mais alto.

Foi a primeira redução da população desempregada desde o trimestre outubro a dezembro de 2014.

Em números, de acordo com o IBGE, a população desocupada diminuiu em 690 mil pessoas, mas ficou 16,4% acima do contingente estimado no mesmo período do ano passado. Já a população ocupada cresceu 1,4%, sendo 90,2 milhões de pessoas empregadas, na comparação com o trimestre móvel anterior, mas caiu 0,6% na comparação com o mesmo período de 2016.

O nível da ocupação, que leva em conta o percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, foi estimado em 53,7%, com alta de 0,6 ponto em relação aos últimos três meses e queda de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre móvel de 2016.

Os dados apresentados hoje usaram as informações coletadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua. Ele não analisa os trimestres tradicionais fixos, mas conta com períodos móveis.

As informações são da Agência ANSA

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp