Desenho de Bolsonaro como Pinóquio exposto em metrô de Nova York é falso

Desenho de Bolsonaro como Pinóquio exposto em metrô de Nova York é falso

A foto que circulava de uma suposta imagem do presidente Jair Bolsonaro como Pinóquio no metrô de Nova York é fake. A mentira foi revelada pelo jornalista Marco Faustino, da Agência Aos Fatos.

“Não é verdade que uma estação do metrô de Nova York exibiu um anúncio que mostra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como Pinóquio, como afirmam publicações nas redes sociais (veja aqui). Trata-se de uma montagem feita sobre uma foto disponível na internet desde 2018. Além disso, propagandas de cunho político não são permitidas no sistema de transportes públicos da cidade”, informa.

O conteúdo já tem mais de 32 mil compartilhamentos no Facebook desde que saiu nesta quarta-feira (22). O jornal Diário do Estado também reproduziu a imagem como verdadeira, assim como outros meios de comunicação.

Montagem feita em 2018

A imagem trazia uma sequência de cartaz que caricaturiza  Jair Bolsonaro como o personagem infantil Pinóquio, famoso por crescer o nariz sempre que mente. Junto a eles estão as palavras Liar, Lousy e Loser (mentiroso, nojento e perdedor, em inglês). A foto dá a entender que elas estão sendo exibidas no metrô de Nova York, mas se trata de uma montagem feita a partir de uma foto disponível na internet desde 2018, que não faz qualquer alusão a Bolsonaro.

O jornal Aos Fatos esclarece que os traços não são pensando em Bolsonaro.

“A montagem ganhou força nas redes depois que foi compartilhada pelo designer gráfico brasileiro Butcher Billy em seus perfis no Instagram e Twitter. Nas postagens, o designer não diz se é o responsável pela arte, nem indica que se trata de ficção. Os traços da caricatura de Bolsonaro, no entanto, são idênticos aos de uma outra arte publicada por ele”.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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