Desfile de escolas de samba em 2018 está garantido, diz prefeito do Rio

O desfile das escolas de samba do carnaval carioca no ano que vem está garantido, mesmo com cortes de 50% do patrocínio da prefeitura, afirmou hoje (28) o prefeito Marcelo Crivella, após encontro com o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, e presidentes das 13 escolas do Grupo Especial.

A Liesa chegou a anunciar a suspensão do desfile em 2018, após o corte de recursos.

Crivella disse que garante R$ 1 milhão de subvenção a cada agremiação para o desfile de 2018, metade do que era dado em anos anteriores. Segundo ele, a prefeitura vai se concentrar na captação de verbas para a festa com a iniciativa privada.

“Vou lutar muito para conseguir os recursos para o carnaval. Hoje, demos o primeiro passo para um acordo. Fundamos o bloco ‘É conversando que a gente se entende’”, disse Crivella, que marcou nova reunião com a Liesa para a próxima segunda-feira (3).

“O importante é que vai ter carnaval, é uma atividade importante para o Rio de Janeiro, há muita gente envolvida nesse trabalho, é tradicional. Há uma crise tremenda, não posso envolver recursos públicos, mas, se Deus quiser, vamos encontrar caminhos para resolver os problemas.”

Crivella afirmou ainda que investirá na melhoria do Sambódromo, com substituição da iluminação para lâmpadas de led, instalação de telões e outros reparos estruturais. A reforma dos 36 banheiros coletivos e dos assentos das arquibancadas custará R$ 1,1 milhão, de acordo com o orçamento feito pela Riourbe, após vistoria realizada há 15 dias.

No carnaval deste ano, a prefeitura teve um gasto de R$ 19 milhões com toda a operação, além do pagamento de subvenção às escolas.

A secretária Municipal de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa Berto, fez apresentação sobre o desafio fiscal da atual gestão, com um déficit no orçamento de R$ 3,8 bilhões e a queda no nível de emprego no município. Logo em seguida, o presidente da Riotur, Marcelo Alves, exaltou o potencial comercial do carnaval e disse que tem três projetos para apresentar à Liesa.

De acordo com Jorge Castanheira, a Liesa espera ainda a reavaliação da prefeitura em relação ao percentual de corte.

“Trouxemos nossas reivindicações para a prefeitura, em razão de o carnaval já ter iniciado para nós e as escolas já terem contratado todas as suas equipes. Em função disso, o prefeito está avaliando junto com a Riotur qual modelo poderia ser sugerido para que o carnaval não deixasse de ter o mesmo impacto positivo para a cidade do Rio de Janeiro, o mesmo brilho e a mesma qualidade”, disse Castanheira. “O prefeito se mostrou sensível a essa reivindicação. Poderemos ter uma solução na segunda-feira.”

O presidente da Liesa adiantou que o preço dos ingressos do desfile será mantido, pelo sexto ano consecutivo, sem reajustes.

Fonte: Agência Brasil

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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