Desfile de Moda do IESB Celebra Novos Talentos e Processo Criativo

Desfile de moda no IESB apresenta novos talentos ao DF

O evento foi organizado por alunos da faculdade, que buscam valorizar o processo criativo por trás das criações

Ocorreu, nessa sexta-feira (6/12), o The Brief: Fashion in Progress, desfile de moda promovido por estudantes do curso de Design de Moda do IESB. Realizado no auditório do Campus Sul, o evento celebrou a criatividade e o esforço coletivo dos alunos, com a união de calouros, veteranos e formandos em um espetáculo que vai além das passarelas tradicionais. A coluna esteve presente e apresenta detalhes sobre o evento.

Vem conferir!

THE BRIEF: FASHION IN PROGRESS: O DESFILE DE MODA DO IESB

Diferente de outros desfiles, o projeto The Brief: Fashion in Progress coloca o processo criativo sob os holofotes. Para tanto, o evento começou de forma teatral. Com Suddenly I See, de Kt Tunstall, uma das músicas tema de O Diabo Veste Prada ao fundo, máquinas de costura, amostras de tecidos, livros de pesquisa e, claro, designers, complementavam o ambiente do auditório, como uma forma de demonstrar o processo de criação de uma coleção.

Depois, a passarela recebeu dois blocos de apresentação: o primeiro foi liderado pelos calouros do curso, e o segundo por veteranos e formandos.

Os calouros tiveram que trabalhar tendo como inspiração a obra Ópera do Malandro. A proposta do mentor da disciplina, Fernando Demarchi, era que os estudantes desenvolvessem uma releitura dos personagens, mas pensados nos segmentos streetwear, high tech, sportwear e fetiche.

Já os alunos do último semestre do curso, tiveram que idealizar a própria marca. Durante o espetáculo comandado por eles, foi possível notar como as peças são um reflexo das escolhas, dúvidas e experimentações que moldaram o conjunto da obra.

“Acho que a palavra para definir a pós-apresentação é realização e felicidade. A gente fechou esse semestre de uma forma que a gente quis, com as ideias do zero”, afirma Amanda Alexandra, formanda e uma das organizadoras da festividade.

Desde 2007, o desfile é um marco semestral no calendário acadêmico do curso, sendo inteiramente desenvolvido pelos estudantes. Além de apresentarem as próprias criações, os alunos também assumem responsabilidades administrativas, como a organização das comissões.

A proposta deste semestre, intitulada The Brief: Fashion in Progress, é um convite para enxergar a moda como um trabalho contínuo, no qual cada peça carrega as histórias e os ajustes que transformam ideias em realidade. O conceito reforça a importância das fases do desenvolvimento, muitas vezes invisíveis para o público, mas cruciais para o resultado final.

“A universidade oferece uma diversidade de projetos para nós todo semestre. E todo semestre é um tema diferente para ser trabalhado. A gente consegue então trabalhar sempre com a sustentabilidade, materiais diferentes… e aí, com o tempo, ocorre o processo de evolução durante o curso”, afirma Pedro Igor, também formando e um dos organizadores do evento.

Ao longo dos anos, o desfile tem servido como vitrine para novos talentos, proporcionando uma experiência imersiva que combina técnica, criatividade e gestão. Mais do que um evento de moda, é uma celebração do esforço coletivo e do crescimento profissional dos futuros designers. Aberto à comunidade, a coluna registrou alguns looks do público no evento. Confira.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Diálogos secretos entre policiais presos e corretor revelam envolvimento com facção e relógios de luxo: investigação da PF

De Tarcísio a relógios de luxo: a conversa secreta de policiais presos

Diálogos interceptados pela Polícia Federal revelam como policiais encararam a eleição de Tarcísio e trocas de informações sobre Gritzbach

São Paulo — Conversas interceptadas pela Polícia Federal (PF) mostram parte dos bastidores de corrupção de policiais civis de São Paulo, presos por envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e que, também, mantinham contato com o corretor de imóveis Vinícius Gritzbach.

O Metrópoles obteve a transcrição de dias de diálogos trocados entre os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Eduardo Lopes Monteiro, nas quais falam desde como a vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) poderia os beneficiar indiretamente — com a escolha de um novo delegado geral — como também conversam sobre o recebimento de relógios de luxo, extorquidos de Gritzbach.

O corretor de imóveis foi executado com tiros de fuzil, em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, na região DE. Ele havia, dias antes, feito uma delação premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) na qual indicou nomes e entregou provas da relação estreita de policiais com a maior facção do Brasil.

Xixo foi preso junto com o também policial civil Valmir Pinheiro, o Bolsonaro, em setembro. Já Eduardo Monteiro, que é chefe de investigações, foi preso no último dia 17, junto com outros três policiais — entre eles o delegado Fábio Baena, com quem trabalhava no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Todos estão envolvidos com lavagem de dinheiro e com o crime organizado, segundo denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Em uma das conversas interceptadas, de 20 setembro de 2022, Eduardo Monteiro marca de se encontrar com Xixo. O horário é marcado para às 15h, porque às 16h Xixo estaria com o “amigo”, que a PF identificou ser Gritzbach.

Já na casa do corretor de imóveis, Xixo fala que “o alvo [Gritzbach] tá mandando um abraço” para Eduardo Monteiro que “manda outro”, junto com as imagens de dois relógios das marcas de luxo Rolex e de um Hublot. Durante dias, Monteiro cobra a data em que Xixo irá retornar à casa do corretor, para pegar um dos relógios.

Em 27 de setembro de 2022, Xixo garante que Gritzbach está ciente da demanda e que, no dia seguinte, iria se encontrar com ele. Porém, uma operação policial, na qual Xixo atuou, e um resfriado de Gritzbach atrasaram a reunião.

Nesse meio tempo, os policiais conversaram sobre as eleições para o governo estadual, vencidas por Tarcísio de Freitas. Eduardo afirma que “Tarcísio vai ganhar”, questionando quem ele iria nomear para chefiar a Delegacia Geral. “Podia colar um amigo, né? Como DG [delegado geral]”. Xixo responde que para eles é melhor a vitória de Tarcísio e que o novo Delegado Geral deveria ser um amigo deles.

As conversas se arrastam por dias e Eduardo Monteiro sempre cobra Xixo algum posicionamento sobre os relógios de luxo. No mês seguinte ao início da conversa interceptada, segundo a PF, “fica claro” que Eduardo Monteiro usava Xixo “para conseguir os tais relógios”.

O investigador chefe envia novamente as fotos dos três relógios de luxo, junto com a cobrança: “cadê”? Xixo então tranquiliza o chefe de investigações, informando que o corretor irá fornecer um dos três relógios para ele escolher.

Eduardo Monteiro, assim como o delegado Fábio Baena e Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho, roubaram outros relógios de luxo de Gritzbach, quando cumpriram um mandado de busca e apreensão, em um dos imóveis do corretor. Todos são alvo da PF e do Gaeco em uma investigação na qual são apontados como integrantes de uma quadrilha que estaria envolvida com crimes de homicídio, lavagem de dinheiro, crimes contra a administração pública e “outros delitos de extrema gravidade”.

Fique por dentro do que acontece em São Paulo. Siga o perfil do DE SP no Instagram.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do DE SP: (11) 99467-7776.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp