Desidratação em tempos áridos: riscos à saúde se intensificam no cerrado goiano

O período de estiagem em Goiás exige atenção redobrada para a hidratação, especialmente no Cerrado, onde o clima seco é acentuado. A baixa umidade do ar, somada às altas temperaturas, aumenta a perda de líquidos pelo corpo, tornando a desidratação um risco real para a saúde da população. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas compõem o grupo mais vulnerável aos efeitos da desidratação.
 
A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquido do que ingere. Essa perda, intensificada pelo clima seco do Cerrado goiano, impacta diretamente o funcionamento do organismo. A água atua na regulação da temperatura corporal, transporte de nutrientes e oxigênio para as células, além de participar da eliminação de toxinas. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta para a necessidade de consumir água mesmo sem sentir sede, principalmente nos períodos mais quentes do dia.
 
Os sintomas da desidratação variam de leve a grave, incluindo: boca seca, sede intensa, diminuição do volume urinário, urina concentrada, pele seca, dor de cabeça, tontura, fadiga, fraqueza muscular e confusão mental. Em casos graves, a desidratação pode levar a convulsões, choque hipovolêmico e até mesmo à morte.
 
Mantenha-se hidratado! Beba água ao longo do dia, mesmo sem sentir sede. A quantidade ideal varia de pessoa para pessoa, mas a recomendação geral é de cerca de 2 litros por dia. Aumente a ingestão de água durante a prática de atividades físicas e em ambientes com ar condicionado, que contribuem para a perda de líquidos.
 
Além da água, outras bebidas como sucos naturais e água de coco também contribuem para a hidratação. Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e refrigerantes, pois possuem efeito diurético, aumentando a perda de líquidos pela urina. Alimentos ricos em água, como frutas, legumes e verduras, também auxiliam na hidratação e fornecem nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo.
 
A desidratação é um problema sério que pode ser facilmente evitado com atitudes simples. Adote hábitos saudáveis de hidratação e proteja sua saúde, especialmente durante o período de seca em Goiás. Em caso de sintomas de desidratação, procure atendimento médico imediatamente. A prevenção e o cuidado são as melhores armas contra os perigos da desidratação.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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