Desigualdade de gênero: diferença salarial no Sul de MG supera média nacional

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Diferença salarial entre homens e mulheres nas maiores cidades do Sul de MG é
maior que a média nacional

A desigualdade vem aumentando desde o início de 2024, conforme apontou o Ministério do Trabalho.

A disparidade salarial das mulheres nas maiores cidades da região supera a média nacional.

No Brasil, as trabalhadoras recebem 21,2% a menos do que seus colegas homens na mesma função no setor privado, com base nos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego no começo deste mês. No entanto, em todas as quatro maiores cidades do Sul de Minas, a diferença salarial entre homens e mulheres é mais significativa do que a média nacional.

A participação feminina no mercado de trabalho tem aumentado ao longo dos anos. O número de funcionárias em grandes empresas subiu de 7,2 milhões em 2023 para 8 milhões em 2025. Todavia, à medida que ocupam mais espaços profissionais, a disparidade salarial se torna mais evidente.

A desigualdade salarial teve um aumento no último ano, passando de 19,4% no primeiro semestre de 2024 para 20,7% no segundo semestre do ano passado e para 21,2% no primeiro semestre deste ano.

As informações foram obtidas por meio do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais), que abrange cerca de 54 mil empresas com 100 ou mais empregados e levam em consideração o período entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025.

O Sindicato dos Empregados do Comércio de Varginha e Região iniciou uma campanha pela equidade salarial para enfrentar esse problema, que pode ser objeto de ações judiciais. No entanto, o relatório do MTE destaca que somente 38,9% das empresas possuem políticas de promoção de mulheres e apenas 21,9% oferecem auxílio-creche, o que prejudica a contratação de mão-de-obra feminina.

Quanto à contratação de mulheres negras, a situação é ainda mais preocupante, com apenas 23% das empresas adotando alguma política de incentivo. As questões estruturais relacionadas à escravidão e à exclusão que as mulheres negras enfrentam na sociedade agravam esse cenário desafiador.

É fundamental implementar e fiscalizar políticas que garantam a aplicação das leis trabalhistas e promovam a equidade de gênero e raça no ambiente profissional. Além disso, é crucial valorizar a flexibilização da jornada de trabalho e o acesso ao auxílio-creche para garantir oportunidades iguais a todos os trabalhadores.

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