Deslizamento de terra deixa pelo menos 120 desaparecidos na China

Um deslizamento de terra ocorrido neste sábado, na província de Sichuan, no sudoeste da China, provocou o desabamento de dezenas de casas e deixou pelo menos 120 desaparecidos, de acordo com informações da agência estatal Xinhua divulgadas pela agência EFE.

As autoridades do condado de Maoxian comunicaram que o incidente ocorreu depois que a parte alta de uma montanha caiu sobre a aldeia de Xinmo, por volta das 6h (horário local, 19h de Brasília de sexta-feira).

Pelo menos 62 casas ficaram soterradas, e dois quilômetros do curso de um rio e 1,6 mil metros de uma estrada ficaram sob as rochas.

Segundo informou o governo local, o deslizamento ocorreu devido às intensas chuvas na região.

Inicialmente, a Xinhua informou que havia 141 desaparecidos, mas depois a reduziu para 120 sem detalhar se as demais pessoas foram resgatadas.

Por outro lado, a agência estatal afirmou que três pessoas de uma mesma família foram resgatadas cinco horas após o deslizamento de terra, e levadas a um hospital sem ferimentos graves, mas que outro filho da família permanece soterrado na casa.

De acordo com o porta-voz do governo de Sichuan, Tang Limin, uma equipe de resgate com mais de mil pessoas seguiu para o local com retroescavadeiras e um instrumento de detecção de vida.

Imagens divulgadas pela emissora de televisão oficial CCTV mostram diversos soldados levantando pesadas pedras e várias retroescavadeiras trabalhando na região onde estavam as pessoas que ficaram soterradas.

O governo provincial iniciou o nível mais alto de resposta de socorro em caso de desastre, e o presidente do país, Xi Jinping, ordenou que se ponham todos os esforços no resgate dos possíveis sobreviventes.

“As autoridades devem esforçar-se ao máximo para reduzir as baixas e prevenir desastres secundários”, disse Xi Jinping, que acrescentou que os desaparecidos e os que sofram perdas pelo desastre “devem receber o cuidado apropriado”.

Nesta época do ano, são frequentes as chuvas torrenciais na China e é comum que ocorram inundações, deslizamentos e outras catástrofes provocadas pelos fenômenos climáticos.

Segundo informou neste sábado a Xinhua, nas províncias de Hunan e Hubei, no centro da China, as inundações provocadas pelas chuvas dos dois últimos dias afetaram 466.500 pessoas e haviam causado pelo menos duas mortes.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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