Investigações recentes apontam que o ex-presidente do INSS recebia um montante mensal de R$ 250 mil como parte de um esquema de desvios de pensões. A Polícia Federal estima que mais de R$ 640 milhões foram desviados entre os anos de 2017 e 2023. Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, foi preso mais cedo nesta quinta-feira em uma operação da Polícia Federal que investigava os desvios de pensões.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Federal, Stefanutto recebia as propinas mensalmente por meio de uma organização criminosa que fraudava descontos em folha de aposentados e pensionistas. A entidade Conafer, uma das operadoras dos descontos indevidos por meio de convênios com os aposentados, era parte integrante do esquema.
Além disso, documentos encaminhados ao Supremo Tribunal Federal revelaram que Stefanutto desempenhava um papel estratégico na manutenção da estrutura de desvios, que teve início a partir de um Acordo de Cooperação Técnica firmado com o INSS em 2017. Mensagens interceptadas, planilhas apreendidas e ordens de liberação de repasses sem comprovação de filiação fortalecem a suspeita de pagamentos regulares ao ex-presidente do órgão.
A Polícia Federal estima que o montante desviado entre os anos de 2017 e 2023 ultrapassa os R$ 640 milhões. O esquema fraudulento envolvia a falsificação de fichas de filiação, inserção de dados fraudulentos nos sistemas do INSS e a distribuição de recursos por meio de empresas de fachada e intermediários financeiros. A gravidade das irregularidades levou à prisão de Stefanutto e de outras oito pessoas durante a quarta fase da operação que investiga os desvios de aposentadorias.
A imagem do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em depoimento à CPMI do INSS no Senado, causa indignação diante das revelações chocantes feitas pela Polícia Federal. A magnitude dos desvios e a complexidade do esquema fraudulento evidenciam a necessidade de medidas enérgicas e eficazes para coibir práticas corruptas que prejudicam a população brasileira e comprometem a integridade das instituições públicas.
A prisão de Stefanutto e de outros envolvidos nos desvios de pensões marca um passo importante no combate à corrupção no país. As investigações em andamento buscam desvendar a extensão dos prejuízos causados pelo esquema criminoso e identificar todas as pessoas envolvidas. A transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos são fundamentais para garantir a eficiência e a credibilidade dos órgãos governamentais, como o INSS, e para preservar os direitos dos beneficiários da Previdência Social. Em um cenário de crescente desigualdade e desafios econômicos, a integridade e a ética na administração pública são valores essenciais para construir uma sociedade mais justa e equitativa.




