Detenção de Gugu Hawaiano: Foto pode impactar investigações policiais

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Uma nova imagem do momento da detenção do funkeiro Gugu Hawaiano, membro do grupo Os Hawaianos, durante uma ação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, na última sexta-feira (19), pode impactar as investigações sobre as ações dos policiais. Segundo a família do artista, a foto revela o exato instante em que Gugu é alvo de um golpe na barriga por um dos policiais da Core.

Na terça-feira passada (23), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (CDDHC) denunciou a suposta agressão policial contra o funkeiro. A foto, anexada ao ofício encaminhado ao Ministério Público, mostra Gugu caído no chão em frente à sua loja, cercado por três policiais armados.

Na imagem, um dos agentes parece desferir um golpe na barriga do artista. De acordo com a comissão, a foto comprova o ato de violência contra o dançarino, que relatou ter sido brutalmente agredido pelos policiais durante a operação que visava prender suspeitos envolvidos na morte do policial civil José Antônio Lourenço.

Gugu foi acolhido pela CDDHC na manhã de terça e relatou ter sido espancado pelos policiais durante a ação. O artista destacou ter recebido socos, chutes, ameaças e cinco pontos no rosto após a violência, realizada na presença de sua família.

O grupo Os Hawaianos afirmou que o incidente tem impactos diretos na carreira de Gugu e demais membros. Eles estão comprometidos com a busca por justiça e rejeitam a associação do MC com a criminalidade.

A presidente da comissão, deputada Dani Monteiro (PSOL), exigiu providências das autoridades estaduais diante da gravidade da situação. Ela ressaltou a importância da investigação pelo Ministério Público, em conformidade com os parâmetros estabelecidos para evitar abusos e proteger vidas conforme a ADPF das Favelas.

Em contrapartida, a Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), refutou as acusações de abusos e argumentou que houve resistência à prisão. A corporação destacou que a ação foi em resposta a um intenso confronto com criminosos armados e reafirmou seu compromisso com a segurança da sociedade e o combate à violência e ao tráfico de drogas, sem tolerar distorções sobre seu trabalho.

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