Detento é morto durante banho de sol no presídio de Anápolis

Um detento foi morto na tarde deste sábado (20), dentro do presídio de Anápolis, durante o banho de sol em um dos pavilhões da unidade prisional. Luiz Paulo Santos foi morto por outro preso que cumpre pena no mesmo local. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para prestar socorro, mas Luiz não aguentou a chegada do socorro e morreu no local.

A DGAP não explicou como o preso foi morto e qual foi o motivo do crime.

Ainda de acordo com a DGAP, os policiais penais perceberam uma movimentação estranha em um canto do pátio, momento em que a equipe se aproximou de um dos presos, que confessou o assassinado. Agora, o caso será investigado pela Polícia Civil (PC), por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH). Além disso, um procedimento interno foi aberto no presídio para apurar os fatos e aplicar as sanções disciplinares.

Unidade prisional onde o detento foi morto / Foto: Reprodução

Nota DGAP

“A propósito de informações solicitadas por este veículo de comunicação, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, por meio da direção da Unidade Prisional Regional de Anápolis, informa o que se segue:

-Foram tomadas as devidas providências em relação ao morte de um dos custodiados do presídio, pertencente à 1ª Coordenação Regional Prisional, neste sábado, 20/11.

-O fato ocorreu durante o banho de sol dos custodiados de um dos pavilhões do local. Momento em que servidores perceberam uma estranha movimentação em um canto do pátio.

-Instante em que um outro detento alegou ser o responsável pelo crime cometido contra a vida da vítima.

-Diante do ocorrido, uma equipe de profissionais da saúde do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada para os atendimentos médicos adequadas . Profissionais que atestaram a morte do preso.

-As autoridades policiais competentes foram comunicadas sobre o fato, além da abertura de Procedimentos Administrativos Internos para aplicação da sanção disciplinar ao detento responsável pelo homicídio, conforme determina a Lei.

-O ocorrido segue sendo investigado pela Polícia Civil da região”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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