Detran-GO comprova que álcool em pão de forma é detectável no bafômetro

Um vídeo do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Goiás sanou as dúvidas perante a presença de álcool em algumas marcas de pão de forma. Na gravação, uma moça aparece consumindo duas fatias de uma marca do produto e, em seguida, sobre o equipamento que detecta a presença de álcool no organismo. O resultado dá positivo para embriaguez.

O índice apurado no equipamento é de 0,12 miligramas por litro de ar expelido (mg/litro de ar). A margem de erro é de até 0,04 mg/litro de ar. Na sequência, um homem ingere outra marca de pão de forma e sopra o bafômetro, o resultado é 0,0 mg/litro de ar.

No vídeo, um policial ainda orienta os motoristas a terem cuidado com os alimentos que ingerem antes de dirigir.

Presença de álcool no pão de forma

A ideia de resolver o dilema veio após um teste da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Protese) detectar a presença de álcool em diversas marcas de pão de forma. O resultado foi publicado na última quinta-feira, 11.

No teste, a associação detectou a presença de alto teor de álcool, utilizado no processo de fabricação para conservação do alimento. O processo de digestão do pão faz com que o álcool possa ser verificado em testes de alcoolemia.

A instituição detectou a presença de 1,17% a 0,66% nas marcas. A proteste apresentou resultou para 10 marcas, sendo que seis delas podem ser consideradas alcoólicas por apresentarem teor superior a 0,5%.

No vídeo pulicado pelo Detran, a autarquia explicou que o pão contém álcool e que a substância, por ser em pequena quantidade, pode desaparecer do organismo depois de três minutos. “Conforme explicado pela médica nutróloga Thais Aquino, o álcool é uma substância comum em alimentos e medicamentos. Ele pode ser adicionado ou oriundo da fermentação natural. Porém, a quantidade é insignificante, por isso, não aparece mais no bafômetro depois de três minutos.”, explicou a instituição.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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