Dez fatos para te ajudar a entender o conflito entre Rússia e Ucrânia

Rússia e Ucrânia estão em conflito. Isso todo mundo sabe. Que a Otan, entrou no circuito e os Estados Unidos já anunciaram sanções econômicas pelas ações do presidente Vladimir Putin, também. Mas, a situação é bem mais complicada e afeta todo o planeta. O Diário do Estado separou 10 fatos para você entender melhor a situação militar e econômica do momento.

1.Como começou o conflito entre Rússia e Ucrânia?

A Ucrânia fez parte do império russo desde seus primeiros registros, o país só conseguiu independência com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991. Daí em diante, a Ucrânia passou a retirar, cada vez mais, o legado russo de sua história, se aproximando do lado ocidental da Europa.

A resposta russa veio em 2014, com uma invasão a região da Crimeia, parte do país ucraniano. A partir de então, o governo russo começou a declarar apoio aos separatistas ucranianos que surgiram no leste da Ucrânia.

2.Como a tensão cresceu desde então?

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), criada em 4 de abril de 1949 em Washington, buscava diminuir a expansão da União Soviética.

O governo russo se sente cercado pela expansão da Otan que, com o apoio dos Estados Unidos, buscava colocar o país ucraniano em sua organização. A Ucrânia, que se aproximava do ocidente, se colocava ainda mais próxima da Otan, o que deixaria uma perigosa base próximo ao país russo.

3. Um posicionamento para a Ucrânia

Desde que a Ucrânia se separou da União Soviética, o país se divide em duas frentes. A parte oriental do país, como Lugansk e Donetsk, é mais direcionada a estar do lado russo. Já a parte mais ocidental, como em Odessa, está mais inclinada ao lado da Europa como um todo.

Os membros da Otan pressionam o país a entrar no conselho. Já a Rússia, liderado por Putin, pressionam a Ucrânia a não entrar. Outras nações acreditam que a Ucrânia não deveria aceitar sugestões de ambos os lados, focando em seus próprios interesses.

4. Tensões anteriores

Antes dessa tensão com a Ucrânia, a Rússia chamou a atenção pela tomada da Crimeia. Tal atitude só foi possível por dois principais fatores: o governo deposto do primeiro-ministro ucraniano Víktor Yanukóviych e o protesto da população ucraniana de etnia russa na região.

A Rússia apoiou a revolução naquele território e invadiu a área. Tal invasão fez com que a Otan fosse bem quista pelos países do conselho novamente, apontando a expansão Russa na área.

5. A participação do Tio Sam

Os Estados Unidos tentam, com base na diplomacia, fazer com que a Rússia tire suas tropas da fronteira com a Ucrânia. A decisão de não provocar uma guerra entra em contradição quando os próprios norte americanos enviam suas tropas para o local.

Em 2019, o envio de tropas russas à Venezuela demonstrou ao resto do mundo o apoio ao regime de Maduro. Já para os russos, o envio de tropas norte americanas significa forçar as relações entre a Ucrânia e a Otan.

6. Invasão Russa

Se houver uma invasão liderada por Putin, há uma possibilidade de um grande conflito na Europa. No entanto, a tomada russa poderia ser feita de diversas formas que evitam também o conflito com outros países do continente.

Tais decisões poderia levar a um avanço territorial russo, mesmo que pequeno, significativo para abranger as áreas que demostram apoio ao governo russo.

7 O que a invasão poderia acarretar?

Rodeadas de sanções impostas por outros país europeus, a Rússia pode sofrer ainda mais sanções se uma invasão grande acontecer. Atualmente se tem a maior sanção vindo da Alemanha, mas tal atitude pode começar a ser vista por bancos e instituições financeiras que são o suporte do país.

Obviamente há muito cálculo sendo feito, tanto em dinheiro quanto em movimentos que se podem ser tomados.

8. A respostas dos outros países

Em tal cenário de invasão, Estados Unidos e Reino Unido decidiram apoiar a Ucrânia com força militar. O envio de tropas e armas para a região é o que faz com que a tensão não baixe.

Além das sanções já impostas, a Alemanha busca uma resposta menos aguda, enviando tropas médicas para a região. Não há uma resposta militar vinda dos alemães até o momento.

9. A guerra vai acontecer?

Ambos os lados, russos e ocidentais, acusam um ao outro de agravar a situação na região. Embora os russos neguem, há sim a possibilidade de uma invasão ao território Ucraniano.

A saída para os russos, segundo especialistas, é um avanço no território da Ucrânia, sinalizando uma vitória rápida. Tal atitude pode permitir ao governo russo um poder de barganha em futuras negociações com a Otan.

10. E o Brasil? Como entra nisso tudo?

Indiretamente, o Brasil pode ser afetado por diversas maneiras. Mesmo que não esteja no centro da guerra os aliados norte-americanos e russos serão afetados.

Para a Rússia, a importação de fertilizantes e outras áreas da agricultura podem cessar. O impacto seria uma maior inflação da que temos hoje.

O Ministério da Industria, Comércio Exterior e Serviços aposta para uma negociação de R$ 14,3 bilhões em 2020 com a Rússia. Mais de R$ 250 milhões foram gastos só com a importação de óleos combustíveis.

Cada movimento é como em um jogo de xadrez, precisa ser extremamente pensado com todo o cuidado.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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