Dez pessoas envolvidas na soltura de balão foram presas em flagrante na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, em uma ação realizada no último domingo, dia 13. A prisão foi efetuada pelos agentes do 6º Batalhão da Tijuca, que foram acionados para intervir em uma atividade de baloeiros na Rua Pinto Guedes. Segundo a Polícia Militar, ao chegarem ao local, os policiais flagraram o grupo aguardando a queda do balão, que media cerca de 15 metros.
Após a apreensão do balão e a prisão dos envolvidos, os detidos foram encaminhados à 19ª Delegacia de Polícia da Tijuca, onde o caso foi registrado. É importante ressaltar que a prática de soltar, vender ou transportar balões é considerada crime ambiental de acordo com a Lei Federal 9.605/1998, com pena de 1 a 3 anos de detenção e multa mínima de R$ 10 mil. Mesmo sem a presença de fogo, soltar balões pode acarretar em punições adicionais caso ocorram incêndios, danos ao patrimônio ou risco à aviação.
De acordo com um levantamento realizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o Rio de Janeiro liderava o ranking de registros de balões nos céus, com 64 ocorrências apenas no primeiro semestre do ano anterior. Este número superava inclusive a segunda cidade na lista, Curitiba, que contabilizava 18 casos. Os balões, uma vez soltos, podem se tornar objetos de alto risco, percorrendo áreas urbanas, florestas e até invadindo o espaço aéreo.
O especialista em riscos e segurança, Gerardo Portela, ressaltou que a prática de soltar balões está ultrapassada e pode ser substituída por tecnologias modernas, como drones, que oferecem mais segurança e possibilidades visuais. Portela ressaltou que estamos em uma era onde a tecnologia pode proporcionar formas mais inovadoras e seguras de realizar homenagens sem colocar a segurança e o meio ambiente em risco.
Diante desses dados e da ação realizada na Tijuca, é fundamental conscientizar a população sobre os perigos e consequências da prática de soltar balões. Além de ser ilegal, essa atividade representa uma ameaça ao meio ambiente, à segurança pública e à aviação. Portanto, é essencial promover a educação ambiental e incentivar o uso de tecnologias modernas que possam substituir essa prática arcaica, garantindo a preservação do meio ambiente e a segurança de todos.
