Dezembro Vermelho: Governo de Goiás lança campanha contra o HIV

Campanha Dezembro Vermelho: testagem rápida de HIV, sífilis e Hepatites B e C garantem diagnóstico precoce

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), realiza, nesta quinta-feira ,1, a abertura da Campanha Nacional Dezembro Vermelho, no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), durante o Dia Mundial de Combate à Aids, data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e celebrada anualmente desde 1988 no Brasil. Na ocasião, serão realizadas testagens rápidas de HIV, sífilis, hepatite B e C em servidores e pacientes da unidade. A ação dá início às atividades da programação para o mês dedicado à luta contra HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

De 2010 a novembro deste ano, em Goiás, o painel eletrônico da SES-GO já registrou 14.163 casos de HIV, dos quais 11.072 na população masculina e 3.091 na feminina – desses 1.765 em gestantes. Há ainda o registro de 24 crianças vivendo com HIV – sete delas menores de 5 anos – e 387 casos de óbitos por Aids, divididos entre 242 do sexo masculino e 145 do feminino. Somente em 2022, foram registrados 38 óbitos por Aids e 755 adultos com HIV. A faixa etária de maior contaminação entre adultos e gestantes é de 20 a 39 anos.

Como ações preventivas, em 2021, a SES-GO distribuiu aos 246 municípios do Estado cerca de 6 milhões de preservativos masculinos (externos), 18 mil preservativos femininos (internos), 300 mil testes rápidos de HIV e, aproximadamente, 2,5 mil autotestes de HIV para os Serviços de Assistência Especializada (SAE), com vistas à ampliação do diagnóstico na população vulnerável. Foram realizadas ainda campanhas de prevenção, palestras, confecção e distribuição de materiais informativos e testagens extramuros como forma de divulgação, prevenção e diagnóstico em todos os municípios goianos.

Anualmente, o Governo de Goiás fornece cerca de 6 mil latas de fórmula infantil destinadas aos filhos de mães HIV positivas, uma vez que o bebê não pode receber leite materno pelo risco da transmissão vertical. “As ações de prevenção ocorrem durante todo o ano. Neste mês de dezembro, reforçamos a importância das testagens, orientações sobre Aids e uso de preservativos. É uma forma de conscientizar toda a população”, destaca a gerente de Atenção Primária da SES-GO, Ticiane Peixoto.

Já neste ano, o número de SAEs voltados ao tratamento de pessoas vivendo com HIV no Estado foi ampliado de 14 para 16. A estrutura de saúde pública mantém ainda dezoito Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que também oferecem o serviço de teste rápido para a população. A Coordenação de Assistência às ISTs/Aids capacita Regionais de Saúde e farmacêuticos das Policlínicas para atuarem na abertura dos SAEs.

Profilaxias pré e pós-exposição
Outra estratégia de prevenção ao HIV é a Profilaxia Pré-Exposição (Prep) à infecção pelo HIV, que consiste no uso preventivo de medicamentos antes da exposição ao vírus, o que reduz a probabilidade da infecção e é usada exclusivamente por pessoas não infectadas. Para ser elegível, são avaliados fatores como múltiplos parceiros ou parceiras, uso inconstante de preservativo nas relações sexuais, práticas sexuais sem preservativo, entre outros.

Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao vírus da Aids, às ISTs e hepatites virais consiste no uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas já expostas a risco como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha) e acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico). Para ter eficácia, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco (entre 2 e 72 horas) e deve ser aplicada por 28 dias. Por ser um medicamento emergencial, geralmente é oferecido em unidades de saúde 24 horas, como Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).

Tanto a PEP como a Prep são métodos de prevenção que não substituem o uso do preservativo nas relações sexuais (orais, anais e vaginais), uma vez que não previne contra todas as ISTs. De acordo com o Sistema Logístico de Controle de Medicamentos (Siclom), do Ministério da Saúde, Goiás dispõe de 18.704 pessoas em uso de Terapia Antirretroviral (Tarv) e 3.270 usuários em uso do Prep.

Programação

Quando: Quinta-feira (1º/12), das 8h às 17h
Onde: Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), Avenida 31 de Março, Setor Pedro Ludovico, Goiânia (GO)

Quando: De 5 a 9 de dezembro
Onde: Aldeias indígenas de Aruanã e Carretão

Quando: Dias 6 e 7 de dezembro, das 8h às 12h
Onde: Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), Avenida Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, Goiânia (GO)

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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