Dezenas de palestinos ficam feridos após ataque de Israel em hospital

Dezenas de palestinos ficam feridos após ataque de Israel em hospital

Uma pessoa morreu e outras dezenas ficaram feridas após um ataque do Exército de Israel ao Hospital Nasser, na cidade de Khan Younis. O local servia como refúgio para palestinos que fugiam da guerra. Informações são da agência das notícias da Palestina WAFA.

O palestino Mohammed Harara registrou o momento em que o ataque israelense ocorreu. Nas imagens é possível ver a ala ortopédica destruída, barulhos de bombas e palestinos tentando se proteger dos ataques.

Na última terça-feira, 13, Israel enviou um drone com uma mensagem solicitando que palestinos deixassem o local. O Exército acreditava que o hospital servia como base militar do grupo terrorista Hamas. Israel disse, ainda, que o local era usado para manter reféns sequestrados. O grupo extremista negou as informações.

Os israelenses estão no local há cerca de 25 dias.  Na última terça-feira, 14, o Ministério da Saúde de Gaza disse que vários palestinos foram mortos ao tentarem sair do hospital.

Ataques consecutivos

A região de Khan Younis vem sofrendo uma série de ataques terrestres desde 22 de janeiro, quando Israel invadiu a cidade sob forte bombardeio e forçou dezenas de residentes a fugirem do território.

O Tribunal Internacional de Justiça, em uma decisão provisória em janeiro, acusou Israel de genocídio. O órgão pediu que o país cessasse os atos genocidas e tomasse medidas para garantir a segurança humanitária de civis em Gaza.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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