Dia de Finados em Brasília: personalidades e história no Campo da Esperança

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No Dia de Finados, as ruas do Campo da Esperança, cemitério na área central de Brasília, são percorridas não só pelos parentes que prestam homenagens aos falecidos – mas, também, por turistas e curiosos. É que o cemitério é a última morada de personalidades da capital do país, como a ex-primeira-dama Sarah Kubitschek, o artista plástico Athos Bulcão e a atriz Dulcina de Moraes.

A administração afirma não ter dados do número de visitantes, já que a entrada é livre, mas elenca as sepulturas mais visitadas (veja lista abaixo). Neste domingo (2), os seis cemitérios do DF – Asa Sul, Brazlândia, Gama, Planaltina, Taguatinga e Sobradinho – vão abrir uma hora mais cedo, das 7h às 18h. A empresa concessionária oferecerá transporte interno gratuito nos quatro maiores cemitérios do DF: Asa Sul, Taguatinga, Gama e Sobradinho.

Bernardo Sayão Carvalho Araújo, engenheiro agrônomo e político, foi encarregado pelo presidente Juscelino Kubitschek de construir o trecho norte da Transbrasiliana (Belém-Brasília). Morreu em janeiro de 1959, quando acompanhava pessoalmente as obras – nos trabalhos de abertura da mata, uma árvore foi derrubada de forma equivocada e atingiu o barracão em que ele estava.

Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-presidente do Brasil, tem uma lápide no Campo da Esperança, mas seu corpo está atualmente no Memorial JK. Durante seu mandato, de 1956 a 1961, lançou o Plano de Metas e foi responsável pela construção de Brasília.

Na mesma ala dos pioneiros, encontra-se a sepultura da ex-primeira-dama Sarah Kubitschek, que idealizou o Memorial JK. Mineira de Belo Horizonte e filha de deputado, Sarah teve a política sempre presente na infância.

Athos Bulcão, artista pioneiro da capital, transformou ruas e prédios de Brasília em obra de arte com mais de 200 criações. Joaquim Roriz, ex-governador do DF, nasceu em Luziânia e governou a capital em três mandatos consecutivos.

O Campo da Esperança, inaugurado em 1959, é um cemitério parque com ampla área verde, seguindo indicações do urbanista Lucio Costa. A falta de um cemitério durante a construção de Brasília resultou em corpos levados para Luziânia e a construção do atual loca. As sepulturas podem ser compradas pela família ou arrendadas por período determinado.

Em meio a personalidades históricas, como Lauro Campos, crítico da política neoliberal, e Maria Cláudia Siqueira Del’Isola, vítima de um crime brutal, o Campo da Esperança guarda memórias e histórias da capital brasileira. Com uma área extensa e setores organizados, o cemitério oferece um ambiente tranquilo e sereno para homenagear entes queridos. Os visitantes podem desfrutar de trilhas, bosques e áreas reservadas para diferentes comunidades religiosas.

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