Dia do datilógrafo: conheça profissão que deixou de existir
Técnica de datilografia ‘abria portas’ no mercado de trabalho e foi ofício durante décadas; profissão sofreu declínio com avanço da tecnologia.
Imagem ilustrativa de datilógrafo usando máquina de escrever. — Foto: canva/reprodução
Você já ouviu falar de datilografia? Dependendo da sua geração, a resposta pode ser sim ou não.
Nos anos 1970 até 1990, a técnica “abria portas” no mercado de trabalho e foi o ofício dos chamados datilógrafos. Segundo Erlando da Silva Rêses, professor da Universidade de Brasília (UnB), a profissão acabou sofrendo um declínio com o avanço da tecnologia, e as máquinas de escrever foram trocadas pelos computadores.
No Dia do Datilógrafo, celebrado neste sábado (24), conheça curiosidades sobre a profissão que “deixou de existir”.
O QUE É DATILOGRAFIA?
A técnica de datilografia trata de transcrever textos em máquinas de escrever. Entre as habilidades necessárias estão a digitação rápida e precisa, organização e atenção aos detalhes.
Os datilógrafos faziam cursos de especialização e testes rigorosos, que avaliavam, por exemplo, quantos toques fazem por minuto na máquina de escrever.
> “Vários cursos como contabilidade, administração e secretariado davam muita ênfase à profissão de datilógrafo ou uso da datilografia”, diz Erlando da Silva Rêses.
COMO ERA SER DATILOGRÁFO
Morador de Brasília, Getúlio Cruz, de 65 anos, aprendeu datilografia em 1975, quando a técnica era uma exigência para auxiliares de escritórios.
> “Ser um bom auxiliar de escritório, era a oportunidade para crescer dentro de uma empresa e evoluir para gerenciar uma carteira mais elevada dentro da instituição”, conta Getúlio.
Segundo ele, ser datilógrafo exigia atenção, concentração e rapidez. “Algumas empresas exigiam 150 toques por minuto”, lembra.
Getúlio diz que na década de 1990 começaram a surgir os computadores, e quem já dominava datilografia tinha base para conseguir uma boa colocação. Mas, os cursos para aprender datilografia foram substituídos pelos de informática.
> “O computador assumiu a posição majoritária, o datilógrafo virou figura extinta”, diz Getúlio.
PROFISSÃO QUE DEIXOU DE EXISTIR
O professor Erlando da Silva Rêses, fez o curso de datilografia aos 15 anos, em 1986. Ele explica que quando as máquinas de escrever foram substituídas pelos teclados do computador, o mercado de trabalho passou a exigir a técnica de digitação.
Erlando diz que os datilógrafos tiveram facilidade com a mudança, porque já possuíam habilidades.
> “Era muito comum a gente fazer, por exemplo, teste de velocidade. Quanto mais rápido fosse na datilografia, melhor seria esse profissional para o mercado de trabalho”, diz o professor.
Profissões do passado… e do futuro!
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