Dia do Feirante: as duras jornadas que marcam o cotidiano da profissão

Faça chuva ou faça sol, eles estão lá, trabalhando para disponibilizar para as famílias da cidade, alimentos frescos e de qualidade. Os feirantes são profissionais que costumam ter uma rotina de trabalho exaustiva, e, mesmo assim, recepcionam com simpatia e animação os clientes. 

No Brasil há uma data especial para homenagear esse trabalhador, que comercializa os produtos em estruturas simples, feitas de barracas e bancadas. Trata-se do Dia do Feirante, comemorado nesta quinta-feira, 25. Pensando nisso, o Diário do Estado resolveu contar um pouco da árdua jornada enfrentada pelos feirantes.

O feirante Dhiogo Soares, dono de uma banca de roupas íntimas, em Goiânia, acorda todos os dias de madrugada e vai dormir tarde da noite. A rotina já se repete há sete anos. Ele conta que a profissão é difícil, principalmente pela montagem e desmontagem de barracas.

 “A montagem das bancas é outra dificuldade porque na maioria das vezes, o feirante precisa carregar suas mercadorias por longas distâncias até o seu ponto de venda. Dependendo da mercadoria, a gente precisa fazer três ou até quatro viagens para conseguir carregar tudo”, explica.

Falta de apoio dificulta trabalho 

Outra dificuldade enfrentada pelos feirantes, segundo Dhiogo, é a falta de apoio dos órgãos públicos, principalmente em prover melhores condições de trabalho nas feiras. Ele diz, inclusive, que acidentes envolvendo choques elétricos e a perda de mercadorias são corriqueiros. Ele também lembra que os trabalhadores não possuem banheiros para utilizar enquanto estão vendendo os produtos, e que é preciso recorrer a comércios próximos. 

“Não temos estruturas para banheiros, torneiras e nem bebedouros. Não temos estruturas de cobertura sobre bancas e nem para utilização de rede elétrica, onde podem acontecer acidentes. No período de chuva é ainda mais difícil, pois além de não termos proteção contra ela, temos que fazer de tudo para não deixar molhar nossas mercadorias. As chuvas de vento são o maior terror dos feirantes, porque uma rajada forte de vento pode fazer a banca voar”, exalta.

Sem preconceito

Ainda de acordo com o feirante, eles não sofrem preconceito por parte da população, que inclusive, enxerga o trabalho como sendo essencial. Entretanto, conforme Dhiego, falta mais respaldo do poder público. Ele acredita que isso se deve à percepção de que eles não trazem retorno financeiro.

“Temos a maior feira aberta da América Latina que é a Feira Hippie. Porém, com o passar do tempo, muitos feirantes estão abandonando suas bancas, pois as dificuldades de se manter aumenta a cada dia. Ainda convivemos com o medo de perder o ponto, caso a gente não pague as taxas” conclui.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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