Dia dos Pais: pesquisa do Procon Goiás constata variação de preços de quase 300%

O Procon Goiás aponta variação de preços de quase 300% de um mesmo produto em pesquisa realizada para as compras do Dia dos Pais. A coleta de dados foi feita do dia 19 a 31 de julho, em 63 estabelecimentos de Goiânia. O levantamento contou com 70 itens mais procurados para presentes de comemoração da data, entre eles perfumes, eletroeletrônicos, peças de vestuário, calçados e outros.

A gravata tradicional foi o item que apresentou maior variação de preço, de quase 297%, tendo o menor valor encontrado por R$ 19,90 e o maior por R$ 79. Outro item que chamou a atenção foi a faca para churrasco Chef 8 Tramontina, com variação de 149,73%, sendo comercializada de R$ 27,99 a R$ 69,90.

O Procon alerta par a os preços dos produtos esportivos, como bicicleta aro 29 tamanho 17 com 18 velocidades, que tem sido comercializada de R$ 1.000 a R$ 2.500, oscilação de 150%. Preços de celulares, que são sempre muito procurados neste período, também foram levantados pelos pesquisadores do Procon Goiás. O Samsung Galaxy A14, por exemplo, teve variação média de mais de 56%, encontrado de R$ 999 a R$ 1559.

Segundo a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Dia dos Pais deverá movimentar R$ 7,70 bilhões em 2024. Dentro deste aquecimento do comércio varejista, o Dia dos Pais é o quarto lugar de vendas, perdendo somente para Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças.

Um levantamento conduzido pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Goiânia expôs que cerca de 650 mil consumidores goianienses vão às compras na capital e o valor médio gasto por presente será em torno de R$ 167, com a compra de dois produtos por consumidor.

Dicas ao consumidor

O Procon Goiás orienta também o consumidor para ficar atento aos preços que estejam bem abaixo daqueles praticados pelo mercado, porque isso pode ser indício de golpes ou fraudes. Outra dica é verificar a possibilidade de troca e em que condições isso pode ser feito, já que a regra só é obrigatória no caso de compras presenciais e se o produto apresentar defeito. Fora esses casos, o estabelecimento comercial tem liberdade para tomar suas próprias decisões.

Quanto aos produtos eletroeletrônicos, é importante solicitar uma demonstração de funcionamento do item ainda na loja física, para evitar adquirir produtos defeituosos. Já em compras fora de lojas físicas, de acordo com o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), o cliente tem o prazo de 7 dias para desistência da compra, independente do motivo.

A pesquisa completa, com relatório e planilhas, está disponível no site do Procon Goiás (goias.gov.br/procon).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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