Dia Mundial do Câncer: combate à doença é prioridade do governo estadual

Dia Mundial do Câncer: combate à doença é prioridade do governo estadual

A construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA) é um exemplo da preocupação do governo estadual com a assistência ao câncer. Inspirado no Hospital de Amor de Barretos, o Cora será referência para todo Brasil, com oferta de tratamento para crianças e adultos, além de exames para diagnóstico. Serão 148 leitos adultos e pediátricos e mais de 427 milhões investidos pelo Tesouro Estadual. Lançado em fevereiro de 2023, o hospital já tem mais de 40% das obras concluídas.

A nova unidade vai se somar ao Hospital Estadual do Centro Norte (HCN), em Uruaçu, e ao Hospital Estadual São Marcos, de Itumbiara, como unidades da gestão estadual que possuem serviço de Atenção Oncológica. O investimento na rede de atendimento, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), tem objetivo de melhorar o acesso à prevenção e tratamento da doença. Neste domingo (04/02), é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer.

Em 2023, Goiás registrou 14.389 casos de internação por câncer, destes 2.012 casos de mulheres com câncer de mama e 873 mulheres foram diagnosticadas com câncer de colo de útero. Neste mesmo período foram 1.869 casos de câncer de pele no estado, seguido de 1.473 de cólon, 1.190 de próstata e 1.135 de estômago, em ambos os sexos.

Teste genético

Recentemente, a SES também anunciou que, em parceria com a UFG, permitirá a realização de sequenciamentos genéticos para detecção precoce das mutações que causam câncer de mama e/ou ovário pelo SUS. O cronograma do projeto prevê que o atendimento inicie pela Policlínica de Quirinópolis, na Macrorregião Sudoeste, atendendo pacientes das Macroregiões de Saúde Sudoeste I e Sudoeste II. Posteriormente, o teste genético deve chegar a todas as mulheres e seus familiares, que atendam aos requisitos, com predisposição para estes tipos de câncer.

O trabalho promove a conexão entre a atenção primária e atenção especializada (ambulatorial e hospitalar), aprimorando a jornada de atenção integral à saúde da mulher por meio de compartilhamento do cuidado e amplia a Rede de Biópsia por meio de Punção por Agulha Grossa.

Todo este processo será realizado de maneira criteriosa, por isso serão realizadas capacitações para os profissionais médicos, enfermeiras e áreas administrativas das Policlínicas Estaduais, bem como de médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde da Atenção Primária (UBS). “Em caso positivo para o câncer, a paciente fará o chamamento dos familiares, que poderão realizar o teste de sequenciamento genético de forma gratuita, a partir de uma amostra de sangue, para descobrirem se também têm a predisposição para a doença”, frisou o secretário Rasível dos Reis.

O exame analisa todas os genes BRCA 1 e 2, permitindo a identificação de mutações que podem causar câncer de mama e ovário. Ele pode ser feito a partir de uma simples amostra de sangue ou do DNA. Com o diagnóstico, é possível estabelecer uma rotina personalizada de rastreio de câncer, com maiores chances de cura e mais qualidade de vida para o paciente.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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