Uma atitude nobre, que não recebe prêmios, mas, que pode pode trazer uma melhora significativa na qualidade de vida do receptor e até salvar a vida dele. Assim é a doação de medula óssea, que de tão especial, possui um dia próprio: O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea.
A data é comemorada no terceiro sábado de setembro, ou seja, neste dia 17, e é uma maneira de reafirmar a importância deste tipo de doação, sobretudo para pacientes com leucemia, considerado o 10° tipo de câncer mais comum entre os homens, com 5.920 novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Apenas no estado, conforme a diretora-geral da Rede-Hemo, Denyse Goulart, foram realizados mais de 323 mil cadastros para receber o tecido líquido-gelatinoso, em 2022. Ou seja, mais de 52 pedidos por hora e 1.261 por dia. Porém, atualmente, apenas sete pessoas estão na fila para receber o transplante.
Ainda de acordo com Denyse, o tempo de espera na fila de transplantes pode variar de acordo com a compatibilidade do paciente é do doador. A probabilidade de encontrar um doador compatível na população em geral, conforme a diretora, é de um para cada 100 mil habitantes.
Já em relação aos riscos de doar e receber o tecido, ela diz que são poucos, mas que o procedimento necessita de anestesia. Os relatos médicos de problemas graves ocorridos a doadores durante e após a doação, por exemplo, são raros e limitados às intercorrências controláveis.
“O estado físico do doador é checado anteriormente, só se habilitando ao procedimento de doação os que têm boas condições de saúde. Em alguns casos é relatada pequena dor no local da punção, dor de cabeça e cansaço. Por volta de 15 dias, a sua medula óssea estará inteiramente recuperada. Para o paciente o transplante representa a condição para a sobrevivência na maioria das vezes. A indicação é feita quando não há outras opções terapêuticas”, explicou.
Como doar?
Para ser um doador de medula, de acordo com a Gerente da Central de Transplantes de Goiás, Katiuscia Freitas, basta procurar o hemocentro e realizar o cadastro para ser doador. Esse cadastro pode ser realizado por pessoas que tenham entre 18 e 35 anos de idade e que estejam em bom estado de saúde.
Após o cadastro, será coletado cerca de 10ml de sangue para análise das características genéticas que serão inseridas no Registro de Doadores de Medula Óssea, sistema que irá cruzar os dados para encontrar um doador compatível.
“A doação de medula óssea é um ato de solidariedade que pode salvar pacientes que possuem doenças hematológicas graves, como por exemplo, a leucemia, e que dependem de um transplante para se curarem. Destacamos que esse mês, além de ser celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, também celebramos o Setembro Verde, mês dedicado a importância da doação de órgãos e tecidos”, concluiu.