Diagnosticadas com Ômicron em Aparecida mantêm sintomas leves; Há dois casos suspeitos em Valparaíso

Aparecida de Goiânia registra primeira morte acusada por variante ômicron

Aparecida de Goiânia confirmou, no domingo (12), os primeiros casos de variante Ômicron diagnosticados em Goiás. Nesta segunda-feira, as duas mulheres, de 20 e 46 anos de idade, continuam com sintomas leves da doença. Seus familiares estão assintomáticos e testaram negativo. No entanto, novos testes serão feitos ainda nesta semana. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde.

As duas mulheres são moradoras dos bairros Santa Luzia e Chácaras Bela Vista. Elas tiveram contato com um casal vindo de Luanda, na África. Conforme informou a secretaria de saúde, elas permanecem isoladas em casa, no sétimo e oitavo dia de evolução da doença.

O casal vindo da África é de missionários. Primeiramente, eles desembarcaram no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, dia 3 de dezembro. Na ocasião, os testes RT-PCR deram negativos. Segundo assessoria da SMS de Aparecida, o evento onde as mulheres tiveram contato com os missionários aconteceu em Goiânia.

Atualmente, o Brasil tem 11 casos da variante Ômicron confirmados. No entanto, na manhã desta segunda-feira, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, disse que deve haver mais casos no país, ainda não confirmados. A fala aconteceu durante a inauguração do Biobanco Covid-19 (BC19), da Fundação Oswaldo Cruz,

Suspeita de Ômicron em Valparaíso

Nesta terça-feira, devem sair os resultados de exames que informam se há ou não outros dois casos de Ômicron no estado. Desta vez, em Valparaíso de Goiás. A Secretaria Municipal de Saúde identificou os casos suspeitos na terça-feira passada (7). As duas pessoas, sem sintomas, chegaram de viagem recente à África. O material coletado foi, posteriormente,  enviado ao Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) para mapeamento genético.

Em nota, a secretaria de saúde do município, “um plano de testagem em massa está sendo elaborado para melhorar a identificação precoce de casos”.

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Gripe Aviária: Como acontece a transmissão para seres humanos?

Com o aumento das infecções por gripe aviária em gado leiteiro e galinhas, os casos em humanos também têm crescido. Na quarta-feira, 18, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram o primeiro caso grave da doença em humanos.

Embora as infecções por gripe aviária em pessoas sejam raras, 61 casos já foram confirmados nos EUA neste ano, sendo que apenas três não envolvem trabalhadores de granjas avícolas ou leiteiras. O vírus da gripe aviária, como o H5N1, afeta principalmente aves, invadindo suas células por meio de açúcares presentes na superfície das células. Esse vírus tem se adaptado, infectando mamíferos, incluindo gado leiteiro.

De acordo com estudos, uma mudança genética no H5N1 poderia permitir que ele se ligasse aos ácidos siálicos encontrados no nariz e pulmões dos seres humanos, mas não é possível prever quando ou se isso acontecerá.

Transmissão para Humanos

Até agora, a transmissão do H5N1 para humanos ocorreu principalmente através do contato com aves infectadas. A maioria dos casos tem sido leve, mas o recente caso grave nos EUA, de uma pessoa na Louisiana, chamou atenção. O CDC revelou que o paciente teve contato com aves doentes e mortas em sua propriedade e continua hospitalizado em estado crítico. Não há registros de transmissão do H5N1 entre humanos no país.

A exposição ao vírus é mais comum em trabalhadores rurais e pessoas que mantêm criações em quintais. A gripe aviária é transmitida principalmente por meio da saliva, muco e fezes de aves, e o vírus pode se tornar aerotransportado quando o ambiente das granjas é agitado. A transmissão também pode ocorrer em salas de ordenha, com o risco de contaminação pelo leite cru não pasteurizado.

Riscos do Leite Cru

Embora não haja registros de infecção humana por meio do consumo de leite cru, patógenos como E. coli e salmonela podem ser encontrados nesse produto. A pasteurização elimina esses germes, mas a refrigeração não. Em um estudo da Universidade de Stanford, o vírus da gripe aviária foi encontrado capaz de infectar células por até cinco dias após a refrigeração do leite cru.

Prevenção e Cuidados

O CDC recomenda evitar o contato com aves ou outros animais doentes ou mortos e tocar superfícies contaminadas. Para quem trabalha com animais doentes, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é fundamental. Isso inclui óculos de proteção, luvas descartáveis, máscara facial N95, macacão e botas de borracha. Além disso, especialistas orientam a evitar o consumo de leite cru, preferindo produtos pasteurizados, e a garantir que ovos e aves sejam bem cozidos.

Essas medidas são essenciais para proteger a saúde humana e prevenir o aumento de infecções, especialmente à medida que o vírus continua a se adaptar e a afetar novos hospedeiros.

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