Diagnóstico ambiental do Rio Piracicaba: estimativa de recuperação de espécies pós-tragédia

Mapeamento de DNA vai estimar capacidade de recuperação de espécies após tragédia ambiental no Rio Piracicaba

Em expedições científicas, serão coletadas amostras de água para separação de membranas com material genético. A estimativa é de que os resultados estejam disponíveis até o final de 2025.

Projeto de diagnóstico ambiental do Rio Piracicaba começa nesta terça-feira

Uma expedição científica que vai mapear o DNA das espécies de animais presentes no Rio Piracicaba e teve início nesta segunda-feira (2), vai permitir que seja estimada a capacidade de recuperação do corpo d’água após a tragédia ambiental que atingiu um trecho de 70 quilômetros dele. O desastre chegou a um santuário de animais e levou à morte de 235 mil peixes, em julho deste ano.

A expedição, que será realizada até esta quarta (4), também vai revelar em detalhes como está a qualidade da água do Piracicaba.

“A gente juntou a sociedade civil com a iniciativa privada. A gente formou essa equipe para fazer esse diagnóstico do rio Piracicaba. Esse documento vai ser público”, explica José Valdir Lopes, presidente da Associação Remo Piracicaba.

Estimativa é de que os resultados saiam no final de 2025. Essa é a primeira rodada de análises. Outras três expedições devem acontecer ao longo de 2025, da nascente do Piracicaba até desaguar no rio Tietê.

“A gente vai fazer um levantamento de cada efluente, de cada ribeirão que entra para a calha do rio. Isso vai nos ajudar a entender a real situação do rio hoje e como dar subsídio para os órgãos fiscalizadores trabalharem para o bem comum, que é o Rio Piracicaba”, detalha Alexandre Resende, diretor de sustentabilidade e ESG.

As amostras colhidas são enviadas para um laboratório que identifica as substâncias presentes na água. Também será apontado se os parâmetros estão dentro dos níveis adequados.

“Nós vamos entregar um relatório comparado com a legislação. E o que vai dizer nosso relatório? Está dentro ou fora daquela legislação”, explica Valéria Castilho, gerente e operações e ESG.

A expedição também irá usar técnicas consideradas inovadoras no monitoramento do rio, como a análise do DNA ambiental, que permite identificar fragmentos genéticos de espécies presentes na água. Esse método será usado para mapear as espécies de peixes que ainda estão presentes no rio, o que pode nortear futuras ações de repovoamento e conservação da biodiversidade.

Ao final do processo, os pesquisadores vão produzir um relatório que será publicado na internet e enviado ao Poder Público. A estimativa é de que os resultados estejam disponíveis até o final de 2025. O Ministério Público também acompanha a ação.

“A mortandade no Rio Piracicaba chegou até a Área de Proteção Ambiental (APA) do Tanquã, considerada um santuário de animais, com ao menos 735 espécies. Um especialista ouvido pela EPTV, afiliada da TV Globo, estimou que a recuperação da população de peixes leve cerca de nove anos”.

O dano ambiental gerou uma multa de R$ 18 milhões à Usina São José, de Rio das Pedras (SP), apontada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) como a origem da poluição que gerou as mortes dos animais.

O Ministério Público e Polícia Civil também investigam o caso e a empresa diz que não foi comprovada a responsabilidade dela. Uma força-tarefa foi organizada para remoção dos peixes mortos.

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Corpo de menino desaparecido em Assis (SP) é achado a 1 km do local onde foi visto pela última vez em câmera de segurança

O corpo de menino que estava desaparecido foi achado a cerca de 1 km do local onde vítima foi flagrada por câmera andando de bicicleta. Mateus Bernardo, de 10 anos, foi visto pela última vez pedalando sozinho, no dia 11 de dezembro, em Assis (SP). O corpo foi encontrado em uma área de mata, e um vizinho de 46 anos foi preso como principal suspeito do crime.

A área de mata em Assis (SP), onde o corpo de Mateus Bernardo Valim de Oliveira, de 10 anos, foi encontrado na terça-feira (17), fica a aproximadamente um quilômetro do local onde uma câmera de segurança registrou o menino pela última vez. O desaparecimento ocorreu no dia 11 de dezembro, quando o garoto saiu de casa, no bairro Vila Glória, para andar de bicicleta.

Segundo apurado pelo DE, na segunda-feira (16), a polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram Mateus, no dia em que desapareceu, junto com um homem na região onde o corpo foi encontrado. O menino havia saído de casa, na Rua André Perini, no bairro Vila Glória, para andar de bicicleta e não retornou. O homem foi liberado após prestar depoimento, mas acabou preso em casa como principal suspeito do crime depois que a polícia localizou o corpo.

A família havia registrado um boletim de ocorrência e as buscas por Mateus começaram no mesmo dia, com apoio da Polícia Militar, helicóptero Águia e cães farejadores. Imagens de câmera de segurança mostram Mateus pedalando sozinho pela Rua André Perini, por volta das 12h, usando uma camiseta azul e shorts. O local fica a quatro minutos de bicicleta de onde o corpo foi encontrado.

No vídeo, ele aparece seguindo pela via, passando em frente a comércios e residências, sem ser abordado por ninguém. O corpo do menino foi localizado em uma lagoa de uma área de mata, atrás de um clube da cidade. A Polícia Militar continuou as buscas pelo menino desaparecido em Assis. Confira mais notícias da região no DE Bauru e Marília.

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