‘Dieta restritiva não é sinônimo de saúde’, diz nutricionista

“Se é uma pessoa que está acostumada a fazer uma ingestão de grande quantidade de alimentos e ela começa a restringir alimentos, pode até ter um resultado significativo. Mas, a longo prazo não significa que está relacionada com o fato de ter saúde e por ser restitiva não está ligada ao ser saudável”

As dietas da moda que prometem redução de peso rápida são dissociadas dos diversos determinantes da saúde e da nutrição.  Constituem padrões de comportamento alimentar não usuais, adotados por seguidores de celebridades. Em entrevista ao jornal Diário do Estado, a nutricionista Laís Bittencourt explicou as diversas formas das famosas dietas da moda, além de seus riscos e dicas para uma vida mais saudável.

Em relação aos resultados dessas dietas da moda, a especialista alerta que vai depender muito de cada pessoa. “Se é uma pessoa que está acostumada a fazer uma ingestão de grande quantidade de alimentos e ela começa a restringir alimentos, pode até ter um resultado significativo. Mas, a longo prazo não significa que está relacionada com o fato de ter saúde e por ser restitiva não está ligada ao ser saudável”, explica.

Entretanto, entre os benéficos está o de perda de peso, mas isso se for uma dieta que tenha um acompanhamento com profissional que vai entrar como uma estratégia de estimulação do metabolismo de uma forma diferente. “Uma dieta não é igual a uma receita de bolo, uma dieta da internet não significa que vai servir para todas as pessoas. A dieta ideal é aquela que tem o seu nome, que vai ser elaborada baseado na sua rotina, nas suas reais necessidades energéticas, de acordo com sua prática de atividade física e até mesmo com as suas preferencias alimentares. Não precisa ser uma dieta sofrida”, ressalta.

 

 

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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