Gripe ou Srag? Saiba diferenciar sintomas de resfriado e síndrome respiratória em crianças
O DE anúncio do governo do estado decretando situação de emergência devido à superlotação nas UTIs pediátricas após o aumento no número de casos de Srag na faixa etária de 0 a 14 anos trouxe à tona a necessidade de compreender as diferenças entre gripe comum e Síndrome Respiratória Grave Aguda.
Nas últimas semanas, Pernambuco registrou um aumento significativo no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) entre bebês e crianças, provocando superlotação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) infantis. Para conter a crise, o governo do estado decretou situação de emergência em saúde pública.
De acordo com a Central de Regulação de Leitos, 49 crianças estavam na fila de espera por uma vaga de UTI. Diante disso, é essencial entender o que caracteriza a Srag e como ela se diferencia de outras infecções mais comuns, como a gripe e o resfriado.
Todas essas condições são causadas pelos mesmos vírus, sendo a principal distinção a gravidade da doença. A infectologista pediátrica Regina Coeli, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), destacou que uma das principais diferenças está no grau de obstrução nasal e no esforço que o paciente faz para respirar.
Segundo a médica, pessoas com síndrome respiratória aguda usam mais a musculatura para conseguir puxar o oxigênio pelo nariz. Outro sinal de alerta são mudanças na cor da pele em algumas partes do corpo, que indicam a necessidade de atenção médica imediata.
Para prevenir a doença, a especialista recomendou a atualização da carteira de vacinação, especialmente para Covid-19 e Influenza, o acompanhamento regular da criança nos postos de saúde e consultas com o pediatra, e a evitar aglomerações em lugares fechados com crianças pequenas.
A situação de emergência declarada pelo governo visou conter a crise devido à alta taxa de ocupação dos leitos de UTI causada pelo aumento de casos de Srag. A medida permite a abertura de leitos de terapia intensiva de forma ágil e a ampliação da carga horária dos plantões para profissionais de saúde durante a crise.
Em entrevista à TV Globo, o secretário executivo de Saúde do estado, Anderson Oliveira, ressaltou a importância do planejamento de contingência para enfrentar a sazonalidade, período em que a circulação de vírus respiratórios aumenta. A abertura de novos leitos de UTI e a intensificação da teleconsulta pediátrica são ações adotadas para garantir o atendimento adequado aos pacientes.