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Diferença nas candidaturas a deputado estadual e federal é “cálculo econômico”

Última atualização 23/08/2022 | 07:47

Pela primeira vez desde 1994, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a divulgar o registro de candidaturas, o total de candidatos nas eleições diminuiu em relação ao pleito anterior. Em meio a isso, houve redução de candidaturas a deputados estaduais, mas, ocorreu aumento nas candidaturas a deputado federal. O que está por trás desse processo?

A tendência dos deputados

De acordo com Malco Camargos, cientista político, professor da PUC Minas, diretor do Instituto Ver e comentatista da Rádio Itatiaia, a diminuição de candidatos no geral, não apenas de deputados, tem relação com os próprios partidos. Em 2018, eram 29.085 candidatos. Em 2022, são 28.460.

“As federações limitam o número de vagas em relação aos partidos. Os partidos federados agora têm um espaço menor de lançamento de candidatura, o que acaba deixando menos candidatos no pleito”, afirma ao DE.

Quanto à tendência de diminuição de candidatos a deputados estaduais e aumento no número de federais, a questão é relativa ao fundo eleitoral e partidário. Em 2018, eram 18.922 candidatos a deputado estadual, e neste ano são 16.887. Para deputado federal, eram 8.588 em 2018 e o número subiu para 10.303 em 2022.

“Leva-se em consideração o número de candidatos na Câmara dos Deputados, de deputados federais. Há um incentivo muito maior aos partidos para movimentarem candidatos a deputados federais do que estaduais”, explica.

Portanto, a diferença entre os números não tem a ver com uma possível tendência de nacionalização. De acordo com Malco Camargos, é um cálculo econômico, pois o deputado federal traz dinheiro para recursos, enquanto o estadual traz gastos para os partidos.

“Enquanto a lei de distribuição de recursos for desse jeito, a tendência é isso continuar”, conclui.

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