Brasileiro que não consegue deixar Jamaica após furacão relata falta d’ água e incerteza sobre retorno
Dentista Ramão Luciano de Souza faz parte de grupo de moradores do RS retido no país da América Central. Fenômeno, classificado como categoria 5, deixou ao menos 49 mortos.
Ao menos 21 turistas gaúchos continuam sem conseguir deixar a Jamaica DE após a passagem do furacão Melissa, na terça-feira (28). O fenômeno que atingiu o país caribenho foi classificado como categoria 5 e deixou ao menos 49 mortos.
Com ventos de até 300 km/h e ondas de 4 metros, o Melissa se tornou o furacão mais violento que já atingiu o país. Foram registrados alagamentos generalizados, bloqueios em estradas, destruição de casas e blecautes que deixaram milhares de pessoas sem energia elétrica.
O dentista Ramão Luciano de Souza, morador de Tramandaí, no Litoral Norte do RS, está hospedado na região de Montego Bay. Ele disse à RBS TV que o grupo está enfrentando dificuldades de comunicação com as autoridades brasileiras. Segundo Ramão, além da incerteza sobre o retorno ao Brasil, há falta d’água.
“A gente vai mais ou menos umas quatro vezes por dia ver a situação do aeroporto. A coisa vai começar a ficar feia, porque a água terminou”, afirma.
Os dois principais aeroportos jamaicanos foram severamente danificados, o que impossibilita a operação de voos comerciais. Apenas uma pista, destinada a aeronaves militares, segue em funcionamento.
O governo do RS alega que entrou em contato com Antônio Ricarte, encarregado de negócios da embaixada brasileira na Jamaica, e que há expectativa de embarque ainda neste fim de semana.
A prefeitura de Tramandaí sustenta que está em diálogo com os viajantes. “Entendemos a angústia das famílias e dos nossos cidadãos que estão na Jamaica. Não mediremos esforços para colaborar com as autoridades competentes e garantir que todos possam retornar com segurança para suas casas o mais breve possível”, afirma o prefeito Juarez Marques da Silva.




