Diplomata ucraniano diz que Brasil ignora pedido de ajuda humanitária

Diplomata ucraniano diz que Brasil ignora pedido de ajuda humanitária

Se por um lado o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil abrirá as portas para refugiados da Ucrânia, por outro, ignora pedido por ajuda humanitária ao país, feito nesta segunda-feira (28). A informação é de Anatoliy Tkach, encarregado de Negócios da Embaixada ucraniana em Brasília. Segundo ele, o governo brasileiro ainda não se manifestou sobre a situação.

“Até agora, não temos a resposta, mas começamos a trabalhar com as organizações não-governamentais”, disse Anatoliy Tkach, referindo-se ao silêncio do Governo Federal. Entre críticas e elogios, o diplomata considerou positivo o anúncio de Bolsonaro sobre a liberação de visto humanitário para ucranianos que queiram se refugiar no Brasil. “É um gesto de hospitalidade”.

Mas, também chamou a atenção para a posição ainda incipiente do Brasil em relação aos ataques à Ucrânia. Para ele, o país precisa aumentar as sanções econômicas contra a Rússia. “É um gesto de hospitalidade, mas, para parar a agressão, precisamos fazer uma pressão sobre o agressor.

Até o momento, o conflito entre russos e ucranianos já matou 136, deixou 400 feridos e espalhou por vários países cerca de 660 mil pessoas que moravam na Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro, segundo cálculos da Organização das Nações Unidades (ONU), apresentado nesta terça-feira (1º).

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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