Direita ou esquerda, Trump ou Biden? É hoje

É hoje, mas dificilmente será hoje. A votação nos Estados Unidos já começou há dias, e 100 milhões de eleitores já votaram antes do dia da eleição, que acontece nesta terça-feira, 3 de novembro.

Alguns votando de maneira presencial, outros por correio. Mais de 100 milhões de pessoas já votaram: este valor equivale a 72% de todos os votos computados na eleição passada, em 2016, já que no país o voto é facultativo e muitos eleitores podem deixar de comparecer às urnas.

A votação deste ano, chamada de “a eleição mais importante da história”, já teve quatro estados em que os votos antecipados superaram todos os votos do pleito anterior: no Havaí, Texas, Washington e Montana. A votação da população está sendo massiva.

Pesquisas no geral apontam para larga vantagem do Democrata Joe Biden, mas é preciso se lembrar da primeira vez em que Trump foi eleito nos Estados Unidos: as pesquisas estavam a favor de Hilary Clinton. Entre os republicanos, nas redes sociais, parece que a confiança é grande, apesar das pesquisas.

A decisão que o povo americano fizer nesta terça-feira, 3, e pelos dias que ainda se seguirem as votações em alguns estados, definirão todas as estruturas do mundo conhecido.

Biden significa a luta do progressismo para sobreviver em meio a governos de direita, enquanto Trump é o oásis dos conservadores ao redor do mundo. Dificilmente o resultado sairá hoje.

Quem você acredita que vai vencer? Ou melhor, quem você quer que vença?

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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