Diretor do Enem morre de Covid-19

Nesta segunda-feira, 11, morreu o diretor da Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o general Carlos Roberto Pinto de Souza, 59 anos, devido a complicações da Covid-19. O general comandava a diretoria responsável pela elaboração do Enem.

Souza faleceu em Curitiba, onde realizava tratamento para a Covid desde dezembro de 2020, conforme a Folha. O militar da reserva assumiu em agosto de 2019 a Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb). Antes ocupou cargos de Comando de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército e o Centro de Defesa Cibernética do Exército.

No início da noite desta segunda-feira, o Inep publicou nota de pesar pelo falecimento.

“A presidência do Inep, em nome de todos seus colaboradores, agradece o trabalho desempenhado com dedicação, entusiasmo, responsabilidade e senso ético pelo diretor Carlos Roberto. Seu nome estará  registrado na história do Inep”, afirma nota que não cita a doença.

O instituto declarou que o general participou ativamente da concepção do Enem Digital e do Novo Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). projeto que se dedicava nos últimos meses.

Devido ao avanço da pandemia da Covid-19, a Defensoria Pública da União foi à Justiça pedir novo adiamento do Enem. O governo Jair Bolsonaro mantém o cronograma do exame, para os domingos do dia 17 e 24.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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