Em reunião do Conselho Técnico da Série A, dirigentes de diversos clubes pediram à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que suspenda a homologação de novos gramados sintéticos até que seja realizado um estudo e os atletas tenham participação ativa na discussão do tema. A CBF concordou em retomar a discussão entre fevereiro e março, a fim de chegar a uma decisão sobre a utilização desses pisos alternativos. O presidente da CBF declarou que é necessário sentar e discutir profundamente a questão.

Durante a reunião, cinco clubes sinalizaram apoio aos gramados sintéticos, argumentando que os campos artificiais de alta performance superam os campos naturais em más condições. No entanto, a maioria dos dirigentes se mostrou contrária à utilização de gramados sintéticos nos estádios. A CBF indicou que o tema será retomado apenas em 2026, sem previsão de veto imediato, mas com a possibilidade de uma transição obrigatória para os clubes se adaptarem e utilizarem campos naturais.

Além da discussão sobre gramados sintéticos, outros temas relevantes foram abordados durante o Conselho Técnico da Série A. A CBF aumentou o limite de partidas para jogadores mudarem de time durante o Brasileirão, e houve debate sobre o número de estrangeiros em campo, com a percepção geral dos clubes de que é necessário diminuir tal limite. O Flamengo, em posição incisiva, propôs o fim dos campos sintéticos no Brasil e restrições a clubes em recuperação judicial.

Para além do debate sobre gramados sintéticos e limites de estrangeiros em campo, a possibilidade de diminuição dos rebaixamentos para a Série B também deve ser abordada na próxima reunião da CBF, prevista para 2026. O Flamengo lidera a oposição aos gramados sintéticos, tendo protocolado uma proposta à entidade para proibi-los, o que gerou protestos de clubes que já possuem esse tipo de piso em seus estádios. A CBF pretende enfrentar o tema sem mais adiamentos e assegura que irá investigar a qualidade dos gramados naturais nos estádios brasileiros.