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85% dos diretores de escola em Goiás afirmam nunca ter presenciado um atentado à vida em ambiente escolar

Última atualização 17/08/2023 | 12:05

Com base na percepção dos diretores sobre a segurança no ambiente escolar em que trabalham, 85% afirmam nunca ter presenciado um atentado à vida e 83,4% nunca terem presenciado lesão corporal  em 2021. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido e divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no final de julho.

O levantamento aponta também que apenas 0,1% dos diretores em Goiás afirmaram que foi necessário interromper o calendário escolar de 2021 em decorrência de episódios de violência, contra 88,4% que disseram não ter interrompido por essa razão.

Foram mais de 2,4 mil diretores goianos consultados para o levantamento que incluiu a pesquisa e análise da percepção dos diretoress em decorrência dos ataques ou tentativas de ataques violentos à escolas no Brasil. De acordo com o Anuário, entre os anos de 2002 até 2022, foram consumadas, ao menos, 16 casos de ataques violentos à escolas.

Só neste ano de 2023, mais outras sete ocorrências foram registradas e a motivação era, sobretudo, por discursos de ódio, bullying, racismo, misoginia, intolerância étnica ou religiosa no Brasil. Infelizmente, Goiás não ficou fora dessa lista. Um aluno de 13 anos foi apreendido suspeito de esfaquear três estudantes, em abril de 2023, durante um ataque à Escola Estadual Doutor Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás, na Região Norte do estado.

No Brasil, os dados do Anuário apontam o estado do Rio de Janeiro como a unidade federativa com maior número de diretores que afirmam já ter que interromper o calendário escolar de 2021 por causa de episódios de violência, sendo cujo 6,2% do mais de 4,3 mil entrevistados, seguido do estado do Amazonas com 2,4%.

Considerando todos os estados brasileiros, 0,9% dos mais de 74 mil diretores entrevistados afirmam tiveram que interromper o calendário escolar de 2021 por causa de episódios de violência. No âmbito nacional, 0,3% dos entrevistados afirmam ter presenciado atentado à vida no ambiente escolar várias vezes, e 0,1% declararam já terem presenciado lesão corporal com frequência.