Reunião pública para discussão de implantação de escolas cívico-militares em Ribeirão Preto tem confusão entre professor e guardas

A discussão acalorada teve início quando o diretor, que é contrário ao projeto, aproximou-se dos apoiadores e começou a provocá-los, resultando em um tumulto. O professor Fábio Sardinha, diretor estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp) em Ribeirão Preto (SP), foi retirado do plenário da Câmara de Vereadores à força na noite desta segunda-feira (24) após um embate com agentes da Guarda Civil Municipal.

Professores e alunos participavam de uma reunião pública com vereadores para debater a implementação das escolas cívico-militares em Ribeirão Preto. Segundo apuração da Rádio CBN Ribeirão, o conflito teve início quando Sardinha, um opositor do projeto, se aproximou dos defensores e passou a provocá-los ao filmar a situação com seu celular.

Pessoas favoráveis às escolas cívico-militares solicitaram que ele se retirasse, no entanto, ele permaneceu no recinto. Os guardas municipais foram chamados para remover o diretor da Apeoesp do Plenário, e ele resistiu à ação. Um vídeo mostrou o momento da discussão entre Sardinha e os agentes, terminando com a remoção forçada dele. Após o ocorrido, Sardinha retornou ao plenário e a reunião prosseguiu.

O presidente da Apeoesp, Mauro Inácio, lamentou as agressões sofridas pelo diretor e reiterou a posição contrária do sindicato em relação ao projeto de escolas cívico-militares. Inácio enfatizou a importância de investimento na educação em vez da implementação desse modelo.

A EPTV, afiliada da TV Globo, tentou contato com a Guarda Municipal e o diretor da Apeoesp na noite do incidente, porém não obteve resposta até o momento da publicação desta matéria. O presidente da Câmara de Vereadores, Isaac Antunes (PL), também foi procurado para se posicionar, mas não houve retorno.

Esses desdobramentos refletem a tensão e controvérsia em torno da proposta de escolas cívico-militares em Ribeirão Preto, evidenciando a divergência de opiniões e a necessidade de diálogo construtivo para alcançar soluções que beneficiem toda a comunidade escolar. A discussão sobre esse modelo educacional persiste, demandando uma análise criteriosa de seus impactos e eficácia no contexto local.