Autorização da retomada de rodeios em Taubaté será discutida pelos vereadores da cidade

Um projeto de lei que quer autorizar a retomada dos rodeios em Taubaté será discutido pelos parlamentares do município. A proposta, que visa permitir a realização do evento, pode ser votada já na sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (24). O projeto foi protocolado pelo vereador Bilili de Angelis (PP), defensor da retomada do rodeio como expressão cultural e fonte de renda para a região.

Na proposição, são listadas seis atividades que poderão ser realizadas, como montarias em touros, provas equestres cronometradas, cavalgadas, hipismo, provas de marcha e rodeios em cavalos. Entre as exigências do projeto está a presença de médicos veterinários para avaliar os animais, vistoria de documentação e proibição do uso de animais que apresentem doenças, deficiências físicas ou ferimentos.

Além disso, o vereador propõe, no projeto em análise na câmara, que 3% da verba destinada aos rodeios seja voltada para a causa animal. Para garantir a fiscalização adequada, Bilili sugere que seja realizada em conjunto por diferentes entidades, como o sindicato rural, veterinários e a própria prefeitura, por meio da zoonose.

O projeto de lei que trata da retomada dos rodeios em Taubaté foi protocolado no dia 23 de maio e já recebeu parecer favorável de duas comissões da câmara. No dia 10 de junho, a Comissão de Justiça e Redação aprovou o projeto, seguida pela manifestação favorável da Comissão de Defesa e Proteção dos Animais no dia 16. O relator desta última foi o vereador Alberto Barreto (PRD).

Por outro lado, ativistas da causa animal são contrários ao projeto, alegando que os animais sofrem maus-tratos nesse tipo de evento. Para eles, rodeio não é esporte ou cultura, mas sim uma forma de tortura. Segundo Afonso Neto, presidente da ONG Amor e Vida, a fiscalização não ocorrerá como deveria, devido às hostilidades sofridas por quem tenta monitorar esses eventos.

Os rodeios são proibidos em Taubaté desde 2009, mas o assunto tem sido recorrente na câmara municipal ao longo dos anos. Em 2018, apenas eventos agropecuários e leilões de animais foram liberados. Em janeiro de 2020, um rodeio clandestino foi fechado pela polícia na cidade, resultando em autuações por crime ambiental e maus-tratos. A discussão sobre a retomada dos rodeios promete gerar polêmica entre os vereadores e a população local.