A disputa pela sucessão de Rodrigo Bacellar na presidência da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) tem causado um intenso bate-boca e tensão entre os deputados de direita. Durante a sessão plenária desta quarta-feira, acusações foram feitas sobre possíveis negociações para ocupar o cargo, revelando um cenário de turbulência política na casa legislativa.

O presidente em exercício, Guilherme Delaroli, iniciou os trabalhos sem mencionar o nome de Bacellar, que estava afastado do cargo, mas o assunto dominou os bastidores e o plenário. A reportagem do O GLOBO trouxe informações sobre articulações envolvendo parlamentares próximos a Bacellar, gerando ainda mais tumulto político no ambiente legislativo.

Segundo relatos, o deputado Tiago Rangel acusou colegas ligados a Bacellar de terem procurado o governador Cláudio Castro para discutir uma possível eleição na Alerj antes mesmo de uma decisão definitiva sobre o futuro do presidente afastado. Essa movimentação foi vista como um possível “golpe de estado” pelos parlamentares, intensificando a disputa pelo cargo.

Nos bastidores, já se articulam possíveis sucessores para a presidência da Alerj, com grupos políticos tentando convencer Bacellar a renunciar para que possam eleger alguém alinhado aos seus interesses. Nomes como Chico Machado e uma “tropa do Bacellar”, formada por deputados próximos ao ex-presidente, estão sendo cogitados para a sucessão, o que aumenta a tensão e a polarização na casa legislativa.

Durante a sessão plenária, os ânimos se exaltaram, com trocas de acusações e negativas de envolvimento em possíveis articulações. O clima de tensão entre os deputados de direita evidencia as divisões internas na Alerj e a incerteza sobre os próximos passos para a presidência da casa legislativa.

Apesar dos desentendimentos, o presidente em exercício Guilherme Delaroli garantiu que a Alerj seguirá funcionando normalmente e tocando as pautas que beneficiam a população do estado. As movimentações nos bastidores e as expectativas em relação às decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o caso de Rodrigo Bacellar continuam alimentando a incerteza e o clima de instabilidade política na Alerj. Enquanto isso, os interesses políticos e os jogos de poder seguem em destaque, influenciando o cenário legislativo.