Execução de detento na frente da família no Paraná foi motivada por disputa
entre organizações criminosas, diz polícia
Crime ocorreu em Arapongas, em junho deste ano. Gabriel Souza do Prado, de 24
anos, foi morto a tiros quando chegava em casa, após saída temporária do centro
de reintegração.
Homem estava com família no carro, chegando em casa, quando foi morto. —
Foto: Kathulin Tanan/RPC Londrina
A morte de Gabriel Souza do Prado, de 24 anos, em Arapongas,
no norte do Paraná,
foi motivada por disputa entre organizações criminosas da região. A informação
foi divulgada pela Polícia Civil (PC-PR), nesta quinta-feira (28), após uma
operação realizada para apurar este crime.
Gabriel foi morto na frente da família, em junho deste ano,
depois de deixar o Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) em saída
temporária. Relembre o caso abaixo.
Em entrevista coletiva, o delegado Bruno Sentone disse que a principal hipótese
é de vingança por um homicídio registrado, meses antes, em Rolândia
– cidade a 18
quilômetros de distância de Arapongas. O delegado, entretanto, não divulgou
detalhes desse segundo caso.
“As investigações levantaram o envolvimento de alguns indivíduos. A conduta de
cada um deles ainda permanece em sigilo, porque tudo isso está sendo
investigado”, disse Sentone.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Arapongas e
Rolândia. Os policiais encontraram celulares, cinco balaclavas e dinheiro.
Duas pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas. Não foi divulgado
se elas possuem relação com o homicídio.
Foram apreendidas balaclavas e dinheiro. — Foto: PC-PR
Gabriel Souza, de 24 anos, foi morto a tiros em Arapongas, no norte do Paraná,
no dia 27 de junho. Ele estava chegando em casa no momento que foi abordado
pelos atiradores, logo após deixar o centro de custódia em uma saída temporária.
A família dele testemunhou o crime.
O delegado Bruno Sentone explicou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que
Gabriel deixou o Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) por volta
das 6h daquele dia. Na Rua Dançarino Vermelho, ele foi abordado pelos
atiradores.
Gabriel morreu ainda no local. O óbito foi confirmado pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A enteada, de sete anos, e a esposa dele foram socorridas e encaminhadas a
hospitais. A mãe dele e a outra criança, de três anos, não ficaram feridas.
Segundo o delegado, Gabriel estava preso por ter cometido crime de tráfico de
drogas. Os familiares que estavam no veículo não possuem antecedentes criminais.