Disputa na Justiça pela herança de Silvio Santos chega a R$ 429 milhões: entenda o caso e os desafios enfrentados pela família Abravanel

A viúva e as filhas de Silvio Santos estão atualmente envolvidas em uma disputa judicial por conta da herança deixada pelo ex-dono do SBT. Silvio faleceu em agosto do ano passado, aos 93 anos, devido a uma broncopneumonia. A família decidiu mover uma ação contra o Estado de São Paulo, alegando uma cobrança considerada indevida de mais de R$ 429 milhões em Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD).

O clã dos Abravanel, como são conhecidos, está enfrentando uma cobrança de quase R$ 18 milhões de ITCMD sobre valores depositados nos Estados Unidos e nas Bahamas, que são considerados paraísos fiscais. Esta situação levou a família a contestar o tributo, alegando que a maior parte da herança de Silvio Santos está vinculada a uma entidade sediada em um paraíso fiscal, o que gerou estranheza e surpresa.

Segundo o procurador Paulo Gonçalves da Costa Júnior, a fortuna de Silvio Santos em contas de paraísos fiscais foi questionada, especialmente por ele ser uma figura conhecida no Brasil. A existência de uma participação societária ligada a uma entidade desconhecida do público gerou questionamentos e motivou a ação na Justiça contra a cobrança do ITCMD.

O processo foi iniciado em dezembro e a Justiça de São Paulo espera marcar uma audiência para tentar chegar a um acordo entre as partes. A alíquota do ITCMD em São Paulo é de 4% e é devida sempre que ocorre a transmissão de bens ou direitos de forma gratuita, sem a necessidade de gastos. Ainda não há data definida para a audiência de conciliação.

Além da disputa pela herança, a família de Silvio Santos enfrentou a perda do patriarca em decorrência de complicações de saúde. O apresentador estava hospitalizado por conta de uma infecção pelo vírus H1N1 antes de falecer. A família continua a lutar na Justiça por seus direitos e pela defesa da herança deixada por Silvio Santos, uma figura icônica da televisão brasileira.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Feminicida que atropelou ex 3 vezes vai a júri popular: caso choca o Distrito Federal

Crime bárbaro: feminicida que atropelou ex 3 vezes vai a júri popular

Wallison Felipe de Oliveira, 29 anos, será julgado pelo feminicídio de Juliana Barboza Soares, 34, e por duas tentativas de homicídio. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que Wallison Felipe de Oliveira, 29 anos (foto em destaque), o homem que atropelou e matou a ex-companheira Juliana Barboza Soares, 34, deverá ser julgado pelo Tribunal de Júri do Gama. A sentença foi publicada nessa terça-feira (7/1).

O júri popular irá julgar Wallison pelos crimes de feminicídio e por duas tentativas de homicídio, sendo uma contra a filha de Juliana, de 14 anos, e outra contra Maria do Socorro Barboza Soares, a mãe de Juliana, de 60 anos. Apesar de vários ferimentos, as vítimas sobreviveram.

Wallison se tornou réu na Justiça em 11 de setembro último. Em 20 de agosto de 2024, o homem usou o Toyota Corolla preto dele para atropelar a ex três vezes no Gama, onde Juliana comemorava seu aniversário. O acusado foi preso na tarde seguinte, depois de fugir a pé do local. Câmeras de segurança registraram quando o acusado viu as três pessoas caminharem pela rua; pouco depois, ele subiu com o carro no meio-fio e as atingiu.

Ainda no carro, o motorista deu a volta na rua, retornou e passou por cima de Juliana pela segunda vez. Minutos depois, enquanto testemunhas prestavam socorro às vítimas, Wallison regressou e acertou a ex novamente.

Wallison, que tinha registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), foi preso apenas na tarde seguinte, 21 de agosto, depois de fugir a pé do local. Ele estava na casa do próprio pai, na Quadra 50 do Setor de Chácaras do Gama. No imóvel, a PMDF recolheu uma pistola e uma espingarda. Em julho de 2022, Juliana chegou a pedir medidas protetivas contra o ex-companheiro, afirmando que ele teria “um verdadeiro arsenal e que andaria armado para todos os lugares”.

Desde 24 de setembro, o acusado aguarda o andamento do processo no cárcere. Segundo a magistrada que negou o pedido de liberdade do autor do crime “a prisão preventiva de Wallison é essencial para a garantia da ordem pública, e que sua liberdade representa risco à sociedade e, ao menos em tese, em especial à família de uma das vítimas”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp