A denúncia do golpe se transformou numa batalha política pela transmissão das sessões entre DE e PL. Apesar de ter recebido autorização, a direção do PL optou por não retransmitir o julgamento na Primeira Turma, acusando o DE de tentar transformar o evento em um ato político. Por outro lado, os petistas defendem que a sessão é de interesse público.
O julgamento histórico que decidirá se Bolsonaro se tornará réu por tentativa de golpe deve ser concluído na quarta-feira e tende a ser unânime. O DE solicitou autorização para a retransmissão, mas não conseguiu credenciamento para ter equipe dentro do prédio do STF, podendo acompanhar de fora.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, acusa o DE de usar a transmissão do julgamento como uma ferramenta política e é contrário ao credenciamento de órgãos de imprensa partidários. Por outro lado, o secretário de Comunicação do DE, Jilmar Tatto, confirma a retransmissão e garante uma cobertura adequada, mesmo acompanhando de fora do prédio.
O STF esclarece que permitiu apenas a presença de jornalistas profissionais dentro do tribunal e autorizou a retransmissão do sinal da TV Justiça, como de praxe. A cobertura da TvPT contará com a participação de diversas figuras do partido, prometendo uma abordagem séria. Enquanto isso, o PL pretende explorar o caso nas redes sociais, utilizando a não retransmissão como argumento contra o DE.
O julgamento da denúncia da PGR, que pode resultar na transformação de Bolsonaro em réu por tentativa de golpe de Estado, é o foco de interesse político do DE, enquanto o PL procura explorar o episódio para defender o presidente. A disputa pela transmissão evidencia a guerra política em torno do caso, com ambas as partes buscando influenciar a opinião pública sobre o desfecho do julgamento.