Distrito Federal intensifica ações de combate à dengue em 2025: efetivo ampliado, tecnologia e fiscalização reforçadas

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Distrito Federal reforça as ações de prevenção e combate à dengue 

Medidas visam ao monitoramento, fiscalização e conscientização contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti

A capital federal enfrentou, em 2024, a pior epidemia de dengue registrada na história. Ao todo, foram contabilizados 284.278 casos prováveis da doença e 440 mortes, segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde. E para evitar que esse cenário se repita, o Governo DE tem intensificado as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti.

Entre as medidas implementadas, está o aumento no efetivo de profissionais que atuam nas regiões administrativas, além do uso de tecnologia para monitoramento e a ampliação das atividades de fiscalização e limpeza urbana. A divulgação sobre as ações promovidas e em execução pelo governo ocorreu durante coletiva de imprensa no início do ano.

Aumento no efetivo

O número de Agentes de Vigilância Ambiental (AVAs) aumentou de 415 para 915 enquanto os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) passaram de 800 para 1,2 mil neste ano de 2025. 

Também houve um aumento no quadro de auditores na linha de frente, que saltou de 81 para 131.

Já a Defesa Civil ampliou a equipe de 70 para 109 agentes, garantindo a presença de duas duplas em cada uma das regiões administrativas do DF. 

Esse ganho de profissionais permitirá uma atuação mais eficaz e assertiva nas cidades com maior incidência de casos da doença. 

Investimento em tecnologia

O combate ao mosquito transmissor da dengue também ganhou reforço tecnológico, com o uso de drones para monitoramento das áreas de risco. Além da implementação do aplicativo eVisitas, que utiliza georreferenciamento para mapear os focos da doença.

O aplicativo é utilizado pelos agentes de saúde com o apoio de 657 smartphones, permitindo um controle vetorial digital mais eficiente.

Além disso, o número de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), conhecidas como armadilhas para o mosquito, foi ampliado de 2,3 mil para cerca de 4 mil.

E o uso de ovitrampas também ganhará reforço este ano, atingindo um total de 6 mil dispositivos em 2025.

Armadilhas com água e levedo de cerveja capturam ovos do mosquito da dengue

Em relação ao monitoramento dos casos, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) agora passa a atender com uma capacidade de 1,5 mil testes diários para diagnóstico da doença e identificação do sorotipo em circulação.

Combate aos focos do mosquito

Com o período chuvoso, o GDF intensificou as ações de prevenção.

Estão sendo instaladas 200 placas informativas em pontos de descarte irregular de lixo para alertar a população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito.

Desde o ano passado, o governo tem promovido mutirões de limpeza urbana, incluindo poda de árvores, limpeza de bueiros e remoção de entulhos.

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) também reforçou a limpeza das bocas de lobo, dividindo os trabalhos em seis regionais. O processo, que antes era manual, agora conta com caminhões de sucção e hidrojateamento para remover detritos de forma mais eficiente.

Para este ano, está prevista a troca de 4 mil lixeiras e a instalação de 100 papa-lixos e 20 papa-entulhos. Além disso, a DF Legal intensificou a fiscalização de descarte de lixo e entulho em áreas irregulares.

Em 2024, foram promovidas mais de 21 mil ações fiscais, resultando em aproximadamente R$ 4 milhões em multas. Para 2025, os valores foram reajustados, variando de R$ 2,9 mil a R$ 29 mil, podendo chegar a R$ 200 mil em algumas situações de descarte irregular.

Imunização e prevenção

O GDF ainda tem reforçado a importância da vacinação para jovens de 10 a 14 anos, grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde. Até o momento, 46% desse público recebeu a primeira dose, mas apenas 18,9% completaram o esquema vacinal. Atualmente, há 17 mil doses disponíveis na rede pública de saúde.

As ações de rotina também seguem em andamento, incluindo visitas domiciliares para remoção e tratamento de focos do mosquito, manejo ambiental, atividades educativas, bloqueio de transmissão e controle de emergência com Ultra Baixo Volume (UBV). 

Além disso, continuam a instalação e o monitoramento de armadilhas ovitrampas e a integração com outros órgãos do governo, como no programa GDF Mais Perto do Cidadão.

Com esse conjunto de ações, o DE busca reduzir significativamente os casos de dengue e conscientizar a população sobre a importância da prevenção.

O combate ao mosquito é uma responsabilidade coletiva, e o engajamento da sociedade é essencial para garantir a eficácia das medidas implementadas.

Nas primeiras semanas de 2025, a capital apresentou uma queda de 96% dos casos da doença em comparação ao mesmo período do ano passado.

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