Durante a gestão de Pedrinho à frente da SAF do Vasco, surgiu a dúvida se a prioridade de pagamento da dívida de Felipe Maestro, atual diretor técnico e amigo do presidente, estaria em destaque. Um grupo de sócios do clube questionou no final do mês passado sobre essas informações, enviando um ofício para Pedrinho, para o CEO Carlos Amodeo e para os conselhos fiscal do clube e da SAF. A preocupação se estendeu devido à redução significativa no valor da dívida, que inicialmente era de R$ 2,4 milhões na Justiça, mas foi atualizada para R$ 504 mil na lista recente de credores.
O processo movido por Felipe Maestro contra o Vasco remonta à sua última passagem como jogador do clube, entre 2010 e 2012, período em que disputou 110 partidas e conquistou o título da Copa do Brasil 2011. O ex-jogador já havia recebido parcelas que totalizavam aproximadamente R$ 4,7 milhões antes da gestão de Pedrinho. Posteriormente, o valor remanescente de cerca de R$ 2,4 milhões foi ajustado para R$ 319,9 mil em fevereiro deste ano, passando para R$ 504,2 mil em abril.
Os sócios levantaram questões sobre as variações nos valores da dívida de Felipe Maestro, especialmente diante da medida cautelar que suspendeu os pagamentos cíveis e trabalhistas do Vasco em outubro de 2024, antecedendo o pedido de Recuperação Judicial protocolado no início de 2025. Até o momento, a diretoria não emitiu uma resposta oficial aos questionamentos dos sócios, mas é esperado que isso ocorra em breve.
Após analisar o caso, o vice-presidente jurídico Felipe Carregal explicou que durante a mediação, Felipe concordou em reduzir sua dívida para R$ 319 mil. Posteriormente, ao revisar os processos para apurar os valores corretamente, o Vasco percebeu a necessidade de aplicar correção monetária sobre a dívida do diretor técnico, elevando o valor para R$ 504,2 mil. Todo o procedimento foi realizado com o auxílio de empresas especializadas, a fim de retificar possíveis incongruências nos valores listados.
O caso de Felipe Maestro não foi isolado, uma vez que a documentação e os créditos de todos os credores foram revisados e recalculados pelos gestores atuais da SAF. A falta de organização e informações precisas no momento da adesão do clube ao Regime Centralizado de Execuções resultou em inconsistências e erros nos valores dos créditos. Essa situação deve ser abordada pelo Vasco na arbitragem contra a empresa 777/A-CAP.
Em resumo, a explicação do Vasco sobre a priorização do pagamento da dívida de Felipe Maestro envolveu acordos realizados durante mediações, correção monetária e revisão da documentação por profissionais especializados. A transparência e o esclarecimento desses processos são essenciais para manter a credibilidade e a confiança dos sócios e torcedores do clube. Aguarda-se agora a manifestação oficial da diretoria para dissipar quaisquer dúvidas pendentes sobre o assunto.