‘Do terceirão pra vida’: grupo de 1981 promove encontros anuais no Pará e recria fotos da juventude

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‘Do terceirão pra vida’: turma de 1981 celebra amizade de 40 anos e resgata fotos da juventude em encontros anuais no Pará

Amigos de juventude se reencontram em viagens no Pará e refazem fotos da época do ensino médio.

‘Do terceirão pra vida’: turma de 1981 celebra amizade de 40 anos e resgata fotos em encontros anuais no Pará — Foto: Arquivo pessoal

“Amizade forte e intensa.” É assim que Edmilsa Alves de Castro lembra dos relacionamentos que construiu no ensino médio, na antiga Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, no nordeste do Pará, entre 1981 e 1983. Relação que dura há mais de 40 anos e é celebrada em encontros e fotos anuais.

A pedagoga de 58 anos contou que o grupo formado por mais de 40 pessoas passou os três anos do ensino médio compartilhando experiências estudantis e pessoais, e que, no fim desse ciclo, resolveu fazer uma fotografia como forma de materializar as memórias. Trinta anos depois, em 2013, eles se reencontraram e, desde então, reúnem-se todo ano.

> “Éramos como uma família pois o colégio era no formato de internato, semi-internato e externato, então passávamos muito tempo juntos”, relembrou.

Após o período escolar, os amigos seguiram rumos diferentes na vida. Enquanto Edmilsa escolheu a carreira da educação, os outros escolheram a advocacia, o ramo empresarial, a engenharia, agronomia, entre outras profissões. No entanto, todos tiravam um tempinho para executar uma mesma ação: tentar encontrar os outros que fizeram parte daquele momento marcante na vida.

Os homens da turma durante atividade escolar. — Foto: Divulgação

REENCONTRO 30 ANOS DEPOIS

As evoluções tecnológicas auxiliaram os amigos em uma inesperada reaproximação. Por meio de uma rede social, o grupo conseguiu se reencontrar 30 anos depois e refazer a foto que marcou o início da união.

Apesar dos novos caminhos, dos cabelos esbranquiçados e dos novos traços nos rostos que surgiram com o passar dos anos, a conexão criada na infância retornou de forma mais madura e cheia de história para contar.

Foto da turma, 40 anos depois do fim do ensino médio. — Foto: Divulgação

MOMENTO EMOCIONANTE

A curiosidade de saber como os outros estavam, além da ansiedade de querer compartilhar as próprias experiências, tornou o primeiro encontro do grupo um dos mais emocionantes para eles, o que pode ser visto nos rostos da primeira foto feita.

De acordo com Edmilsa, a emoção também ficou por conta de um participante mais que especial para eles: a coordenadora pedagógica, Professora Maria Cândida, que cuidava dos alunos com “muito zelo”.

> “O nosso estimado diretor Manoel Claudino compareceu neste encontro e falou sobre como a nossa época de escola foi marcante para ele, assim como a nossa coordenadora Maria Cândida, que sempre cuidou da gente com muito zelo e carinho naquele período em que éramos jovens e precisávamos disso”, reflete.

O encontro em questão é lembrado como um dos mais marcantes pois Maria Cândida faleceu dias depois, em decorrência de consequências de um câncer que estava enfrentando.

O primeiro encontro do grupo ocorreu após 30 anos. — Foto: Divulgação

ENCONTROS ANUAIS

Desde o primeiro encontro após o hiato, o grupo passou a realizar reuniões anuais para que pudessem se manter unidos e não deixar morrer o que foi construído no passado.

Durante o ano, eles debatem sobre onde e como vão realizar os encontros por meio de um grupo de mensagens instantâneas. A partir disso, o grupo define o local onde ocorrerá a celebração dessa amizade.

> “Já fizemos encontros em Castanhal, em Salinas, Macapá, Monte Alegre, em Mosqueiro.. sempre vence o local mais votado e todos dão um jeitinho especial para se organizar e ir”.

A ideia, agora, é manter a tradição.

Os amigos criam, inclusive, camisas personalizadas para celebrar a união. — Foto: Divulgação

> “Nossa expectativa para o futuro é que nossa amizade permaneça e que possamos realizar ainda mais encontros com a mesma intensidade do primeiro. Mesmo quando a idade estiver avançada, possamos nos lembrar de um passado que nos motivou a ser fortes, nos preparou para a vida diante das dificuldades enfrentadas no período da escola, além de proporcionar caminhos para as nossas vidas profissionais”, deseja.

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