Doação de sangue de animais: crimes e cuidados necessários; saiba mais

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Doação de sangue de cães e gatos: exploração para fins lucrativos configura crime; entenda

Em Jaboticabal, SP, mulher é suspeita de maltratar 73 gatos para coletar e vender sangue deles. O Conselho de Medicina Veterinária recomenda aos tutores que procurem clínicas credenciadas pelo órgão para garantir a segurança e o bem-estar dos animais.

Uma mulher de Jaboticabal, SP, está sendo investigada por vender bolsa de sangue de gato. O caso envolvendo a suspeita de maltratar 73 gatos na cidade para coletar e vender seu sangue levanta discussões sobre o bem-estar animal e a exploração indevida dos animais para fins lucrativos.

Segundo o delegado Oswaldo José da Silva, as condições insalubres impostas aos animais explorados para essa finalidade e o caráter exclusivamente lucrativo configuram crime de maus-tratos. É necessário apurar se os animais eram mantidos exclusivamente para a finalidade de fornecer sangue para alimentar clínicas interessadas no material.

Após uma série de denúncias, os gatos foram resgatados em condições precárias de higiene e com sinais de maus-tratos em uma casa no bairro Solar Corinthiano. A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão e todos os gatos foram levados a um abrigo provisório para receber os cuidados necessários.

Durante o depoimento, a mulher entrou em contradição sobre a comercialização de sangue dos animais. A Polícia Civil apreendeu seringas sem agulhas e recibos de valores que seriam referentes aos pagamentos feitos pelas bolsas de sangue. A falta de regulamentação específica para a prática de comercialização de sangue de animais abre espaço para condutas ilegais e prejudiciais aos animais doadores.

A vice-presidente da Comissão de Direito Animal da OAB em Ribeirão Preto (SP), Caroline Salioni, destaca a importância de regulamentar a prática para evitar a exploração dos animais e garantir que os procedimentos sejam realizados de forma ética e segura. É fundamental que os animais doadores estejam em boas condições de saúde e bem-estar para garantir a eficácia da doação e a segurança dos mesmos.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo estabelece critérios para que cães e gatos possam ser doadores de sangue, incluindo idade, peso, proteção contra parasitas, fatores de coagulação normais e saúde comprovada por exames. Os tutores interessados em realizar a doação de sangue de seus animais devem procurar clínicas ou hospitais especializados e credenciados para garantir a segurança e o bem-estar dos pets.

Em resumo, a exploração de cães e gatos para a comercialização de sangue sem os devidos cuidados e regulamentações configura crime de maus-tratos. É fundamental que a prática seja regulamentada para garantir a segurança e saúde dos animais envolvidos, além de evitar a exploração indevida dos mesmos para fins lucrativos. A conscientização e a adoção de práticas éticas são essenciais para proteger os animais e promover o bem-estar animal.

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