Doar excesso de leite materno pode trazer alívio a lactantes

O Banco de Leite Humano (BLH) do  Hospital Estadual Materno Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) precisa de doações. O estoque está em baixa, com 100 litros, quando seriam necessários pelo menos 300 litros para nutrir os 200 bebês atendidos pelo banco a cada mês. Além de ajudar a salvar vidas, a mulher pode ter alívio após a doação.

Em entrevista ao Jornal Diário do Estado, na manhã desta sexta-feira, a coordenadora do BLH, Renata Leles, explicou que o leite doado é aquele que sobra depois que a mulher amamenta seu bebê. “A prioridade é o próprio filho. Sobrou do bebê dela? Tem excesso? É desse excesso que estamos atrás”. Por isso, quem doa não prejudica a amamentação.

Além de não atrapalhar, doar o leite pode ajudar a lactante. O leite é produzido a partir do estímulo que o bebê faz ao sugar o bico do seio. Se além de amamentar, a mãe retira leite para doar, a produção tende a aumentar. Outra vantagem é que o excesso de leite pode ser incômodo e fazer a doação diminui o “leite vazando”. “Para a mulher é um alívio, para esse leite não ficar parado na mama, aumentando a chance de ter mastite [inflamação aguda dos tecidos da mama].

O ponto essencial de doar o leite é ajudar a salvar vidas de bebês prematuros ou com baixo peso, internados no Hospital Materno Infantil. Segundo a coordenadora, as crianças que recebem leite materno adoecem menos, têm menor risco de infecções, alergias, diarréias e de desenvolver uma infecção grave que acomete bebês em UTIs: a enterocolite necrosante.

“O leite materno pasteurizado tem vitaminas, proteínas, sais minerais. O grande diferencial é a presença de células de defesa, de anticorpos, que vão dar esse estímulo no sistema imunológico do bebê, para que ele se recupere mais rápido”, explica Renata.

Como doar?

Para fazer a doação, as lactantes apresentam exame de pré-natal que comprove ausência de doenças infecto-contagiosas. Além disso, não podem ser fumantes, usuárias de drogas ou de bebidas alcoólicas. A doadora não pode ter recebido sangue nos últimos seis meses, nem usar medicamentos que contenham restrições à amamentação e, consequentemente, à doação.

Não é preciso sair de casa para doar. Uma equipe do Corpo de Bombeiros pode ir até a residência buscar o leite. Para saber detalhes da doação, basta ligar ou mandar mensagem para o número  (62) 3956-2921, que também é WhatsApp.

Na entrevista, a coordenadora fala ainda do serviço de ajuda a mães com dificuldade de amamentar, que o Banco de Leite Humano oferece. Assista na íntegra:

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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