Documentário “Lula” estreia em Cannes com direito a aplausos 

Documentário “Lula” estreia em Cannes com direito a aplausos 

Documentário sobre o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estreou no Festival de Cannes, neste domingo, 19. Intitulado como “Lula” e dirigido por Oliver Stone, o filme aborda rapidamente a infância e a juventude do petista e se aprofunda em seu papel político.

A sessão em que o documentário  foi exibido estava lotada e a equipe do filme foi muito aplaudida. Antes de exibir o longa, o diretor rasgou elogios ao presidente:  “O documentário é sobre uma pessoa especial no mundo de hoje, um líder único”. Stone ainda mencionou alguns fatos marcantes da vida de Lula e acrescentou “admiro profundamente este homem”.

O documentário “Lula” foi exibido na mostra “Sessões Especiais” da seleção oficial de Cannes, apresentado fora da competição. 

Informações sobre o filme

O filme apresenta a vida do político, focando na prisão, eleição de 2022 e a volta ao cargo de presidente do Brasil. No longa, há entrevistas inéditas com o Lula e os conselheiros, sendo uma das principais realizada durante a campanha eleitoral.

No filme também é exibido um pouco sobre a Operação “Lava Jato”, que levou o presidente à prisão. Além das entrevistas, o filme é construído com imagens de arquivo. “Lula” não traz novidades aos brasileiros, mas a mensagem do documentário visa um público internacional.

Direção

Oliver Stone tem um forte catálogo de documentários sobre figuras políticas, além do presidente brasileiro ele também já produziu filmes sobre Fidel Castro e Hugo Chávez. Em “Lula”, o diretor co-assinou o documentário com seu colaborador Rob Wilson, com quem criou obras como “JFK”, sobre o assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Braga Netto tentou obter dados de delação de Mauro Cid

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar a prisão do general Walter Braga Netto, na manhã deste sábado, 14, foi fundamentada pela tentativa de ele tentar obter detalhes da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, para a Polícia Federal em setembro do ano passado. Segundo a Polícia Federal, a ação pode ser caracterizada como obstrução de Justiça. As informações foram prestadas na última audiência de Mauro Cid à PF, no dia 21 de novembro.

A decretação da prisão, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, a investigação, conforme a Polícia Federal, demonstra que houve contatos de Braga Netto com o pai de Mauro Cid, o general Mauro César Lourena Cid.

“[Os contatos] tinham a finalidade de obter dados sigilosos, controlar o que seria repassado à investigação, e, ao que tudo indica, manter informado os demais integrantes da organização criminosa”, aponta a decisão de Moraes.

O ministro é relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro argumento aponta que a PF, no dia 8 de fevereiro deste ano, data da deflagração da operação “Tempus Veritatis”, encontrou papeis na mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor de Braga Netto, que orientariam perguntas e respostas sobre delação de Mauro Cid.

“Foi identificado na sede do Partido Liberal (PL), sob a mesa do coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general Braga Netto, documento com perguntas e respostas acerca da colaboração premiada realizada pelo investigado Mauro Cid”.

Na decisão de Moraes, há trechos de como Cid informou à PF sobre as ações do general.

“Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado”.

Dinheiro na sacola de vinho

Outra novidade que Mauro Cid trouxe, na audiência no último dia 21, foi sobre o financiamento das ações de forças especiais por parte de Braga Netto.

“O general repassou diretamente ao então Major Rafael de Oliveira dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização da operação”, apontou Cid.

Isso foi confirmado pela PF que descobriu a compra de celular e carregamentos de chip, com pagamentos em espécie em estabelecimento na cidade de Brasília.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp