O Carnaval, que para muitos é sinônimo de bebedeira, folia e “pegação”, também precisa ser levado à sério, principalmente em relação aos cuidados durante o período. Um desses cuidados é com a saúde, principalmente para não contrair doenças, como a mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como “doença do beijo”.
Segundo a infectologista, Marília Dalva Turchi, o vírus é transmitido pelo contato com a saliva por meio de beijos ou compartilhamento de bebidas ou objetos contaminados. O ato sexual, porém, potencializa o vírus, mesmo não sendo considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
Marília explica que a infecção ocorre com frequência na infância, geralmente de forma assintomática, ou com poucos sintomas. Entretanto, adolescentes e adultos quando se infectam, apresentam manifestações clínicas mais exuberantes que podem durar até um mês.
“As manifestações mais comuns são: febre, dor de garganta, aumento de gânglios (ínguas), cansaço e, eventualmente, manchas avermelhadas (exantema) no corpo. É importante fazer uma avaliação médica para direcionar corretamente a investigação, visto que outras doenças podem ter sintomas semelhantes”, explica.
Tratamento
Não há um tratamento específico para a “doença do beijo”, conforme a especialista. Geralmente, são indicados medicamentos para aliviar os sintomas da doença, como analgésico e antitérmicos para febre e dor de garganta.
Entretanto, a infectologista alerta que não se deve tomar antibióticos, pois não tem ação contra o vírus e podem causar uma piora do quadro, com aumento do exantema (manchas no corpo).
“É preciso reduzir a exposição à saliva, secreções orais e respiratórias, além de evitar ou reduzir beijos e o compartilhamento de bebidas e copos. Também é necessário não se esquecer de usar camisinha para prevenir infecções sexualmente transmissíveis tais como sífilis, herpes e HIV ”, concluiu.