Última atualização 28/10/2022 | 17:38
Segundo uma pesquisa Datafolha de dois anos atrás, 90% da população brasileira afirmava não conhecer a psoríase. Devido a essa falta de informações, surgiu o Dia Mundial da Psoríase, instituído em 29 de outubro. Para auxiliar e colocar luz sobre essa doença de pele, o Diário do Estado (DE) entrou em contato com a dermatologista Louise Rabahi a fim de entender melhor sobre a inflamação.
O que é a psoríase?
A psoríase é uma doença imunológica, inflamatória, crônica e não transmissível em que a pele tem seu ciclo evolutivo de renovação celular acelerado. “Numa pele normal, a renovação é a cada quatro semanas mais ou menos. Já na pele inflamada da psoríase, essa renovação ocorre entre quatro e sete dias”, explica Louise.
Isso gera a clínica mais comum da psoríase, que são placas eritematodescamativas (vermelhas e com descamação intensa). Vários fatores influenciam no surgimento da doença. Uma das principais é a genética, passada de geração em geração com resposta imunológica desregulada. Há também fatores emocionais, traumas na pele e até mesmo outras doenças de pele desencadeando a psoríase.
Tratamento e atenção
As principais formas de tratamento incluem tratamentos tópicos de diversos medicamentos, sendo um deles o corticoide. Uma boa hidratação da pele também é essencial. Para casos mais graves, existem opções de medicações orais e injetáveis. Todos esses tratamentos devem ter indicação e acompanhamento de um dermatologista, independente se for tópico ou oral.
“Importante salientar que a psoríase não tem cura, mas tem tratamento e um bom controle com diagnóstico precoce e tratamento individualizado”, resume Louise Rabahi.
A dermatologista acrescenta que, por ser uma doença com importante influência genética e multifatorial, sempre pesquisa-se a história familiar do paciente. Mesmo não tendo parentes com psoríase, ela pode surgir por interferência dos fatores ambientais e imunológicos naquele indivíduo. Esse conjunto de fatores torna a pessoa sujeita a ter psoríase.