Dois homens são presos por desviar 96 caixas de cerveja em Valinhos: veja detalhes da prisão e do crime

Dupla é presa em flagrante após desviar 96 caixas de cerveja em Valinhos — Foto: Polícia Militar

Dois homens foram presos em flagrante na tarde desta sexta-feira (6) após desviarem 96 caixas de cerveja em Valinhos (SP). O caminhão foi carregado em Louveira (SP) e faria entregas em Valinhos.

Segundo a Polícia Militar, os agentes estavam fazendo a ronda pela Rua Rosa Belmiro Ramos quando avistaram o desvio da bebida, o mesmo endereço onde ocorreria uma entrega.

A dupla era composta por funcionários de uma empresa de transporte, enquanto um deles dirigia até a cidade da entrega com o caminhão, o outro acompanhava com um carro pessoal. Eles paravam em um local remoto e faziam o desvio da bebida do caminhão para o veículo.

Ainda de acordo com a Polícia Militar, ao serem abordados, os homens confessaram o crime e disseram que já tinham feito outras vezes. O carro foi apreendido, assim como a carga desviada, o caminhão pode ser liberado após a finalização da verificação da documentação.

Os suspeitos foram enquadrados por furto qualificado na Delegacia de Valinhos.

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Operação Latus Actio: Policiais denunciados por corrupção atuavam em esquema com MCs em SP

O Ministério Público do Estado de São Paulo denunciou dois policiais civis do 6º DP de Santo André por corrupção passiva. De acordo com a denúncia, Rodrigo Barros de Camargo e Adriano Fernandes Bezerra teriam solicitado propina a Henrique Alexandre Barros Viana, conhecido como “Rato”, para arquivar investigações contra os artistas MC Paiva, MC GHdo7 e MC Brisola. A ação faz parte da operação Latus Actio, que visa combater crimes contra a ordem tributária e de lavagem de dinheiro relacionados a empresas do ramo de entretenimento em São Paulo.

Na primeira fase da operação, em março, a Polícia Federal apreendeu telefones celulares que continham evidências de possíveis crimes. Em uma troca de mensagens, Rodrigo de Camargo marcou um encontro com Rato, proprietário da produtora Love Funk. Após o encontro na sede da produtora, em São Paulo, Rodrigo enviou um relatório de investigação ao Rato, referente à promoção de rifas ilegais nas redes sociais pelo MC Paiva, agenciado pela Love Funk.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público pede a manutenção da prisão preventiva de Rodrigo de Camargo, além do afastamento de Adriano Fernandes Bezerra de suas funções. Os promotores concluíram que a investigação demonstra a prática de crimes e denunciaram os policiais por corrupção passiva, crime que prevê pena de dois a 12 anos de prisão.

Além dos policiais, os MCs Paiva, GHdo7 e Brisola também são alvos da denúncia. Os promotores solicitaram que a investigação seja remetida ao juizado especial criminal, devido aos indícios de práticas habituais de contravenção penal por exploração de jogos de azar nas redes sociais dos artistas.

Após a denúncia do MP, a defesa de Rodrigo Barros de Camargo solicitou à Justiça a revogação de sua prisão, alegando que não foram apresentadas provas que justifiquem a medida. Já os artistas envolvidos no caso, MC Paiva, Brisola e GHdo7, não se manifestaram até o momento.

A Polícia Federal e o Ministério Público continuam investigando o suposto esquema de pagamento de propina a policiais e a participação dos MCs nas atividades ilegais. As conversas entre os policiais e os artistas foram descobertas durante a Operação Latus Actio, que resultou na segunda fase das investigações em dezembro. A justiça autorizou buscas em diversas cidades, incluindo São Paulo, Mogi das Cruzes e São José dos Campos.

Durante o cumprimento do mandado de busca na residência de MC Paiva, o artista teria tentado destruir seus telefones celulares ao jogá-los no chão. Os policiais apreenderam os aparelhos, juntamente com uma Lamborghini, uma Range Rover e diversos itens de luxo. A investigação continua em andamento e novas informações podem surgir à medida que o caso avança.

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