Dois jovens são suspeitos de atear fogo no Parque Ecológico Maria Perillo, em Trindade

Dois jovens são suspeitos de atear fogo no Parque Ecológico Maria Perillo, em Trindade

Incêndio criminoso que resultou na destruição de cerca de 30% da área do Parque Ecológico Maria Perillo, em Trindade, pode ter sido causado por dois jovens. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), eles foram vistos acendendo chumaços de papel e jogando para o lado de dentro das grades que cercam a unidade de conservação e em lotes da região.

Um relatório, com detalhes do prejuízo ambiental e indícios do ato criminoso, foi enviado para a Polícia Civil (PC), nesta quinta-feira, 1º, e divulgou carta lamentando a ação criminosa. (Leia ao final da matéria.)

Incêndio

O incêndio no Parque Ecológico Maria Perillo, em Trindade, ocorreu no início da tarde da última segunda-feira, 29. O 15º Batalhão do Corpo de Bombeiros foi acionado e compareceu prontamente. No entanto, o fogo se alastrou rapidamente, tendo em vista que o Parque tem bastante vegetação e ela está bem seca devido ao período de estiagem.

O fogo iniciou nos fundos da unidade de conservação, no sentido oposto ao portão de acesso e atingiu áreas próximas da unidade.

Para conter as chamas, foram necessários quatro caminhões de água. E o trabalho perdurou por quase seis horas. No dia seguinte, foi feito o levantamento dos danos, que apontou, segundo o secretário do Meio Ambiente, Roberto Badur, que 30% do parque havia sido destruído.

“O prejuízo ambiental foi enorme porque as chamas chegaram em uma área de reflorestamento recente, onde as mudas tinham só um ano e ainda estavam tomando corpo”, relata. Segundo ele, pequenos animais como ratos do mato e quatis apareceram mortos e parte do Viveiro de pequenas mudas foi destruído.

Parque Ecológico Maria Perillo

O Parque Maria Perillo, por abrigar o Viveiro Municipal, tem uma importância ambiental enorme para Trindade. A unidade recebe visitação, tem trilhas de avistamento e contemplação e abriga aulas de educação ambiental das crianças matriculadas na Rede Municipal de Ensino.

Segundo Badur, apesar da extensão dos danos, a unidade vai ficar aberta e manter suas atividades, enquanto os servidores trabalham para recuperar a área atingida. Além disso, ele afirmou que a Semma vai implantar um sistema de irrigação para melhorar a umidade e com isso tornar a vegetação rasteira menos sensível ao fogo.

Carta de lamentação:

“É com extremo pesar que informamos que uma área do Parque Municipal Maria Pires Perillo, também conhecido como Parque do Viveiro, sofreu um incêndio criminoso esta semana.

Dois rapazes foram vistos por moradores vizinhos ao parque jogando papel com fogo pela grade do parque na extremidade oposta ao portão de entrada.

Os danos causados são a perda de árvores jovens e de espécies plantadas há um ano, além da morte de alguns animais que compõem a fauna do parque.

Os danos são recuperáveis, no início do período chuvoso estamos replantando as espécies perdidas.

Nossa tristeza passa por perceber o comportamento destes jovens, a falta de respeito e esse comportamento criminoso, pois além de jogar fogo no parque, também atearam fogo em diversos terrenos vazios da região.

Roberto I B Badur
Secretário Municipal do Meio Ambiente

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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