Última atualização 28/02/2023 | 16:28
O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou contra a prisão de apoiadores que invadiram as sedes dos Três Poderes. Faltando poucos dias para completar dois meses dos atos antidemocráticos, ele amenizou as críticas contra os golpistas, classificando o grupo como “ chefes de família, mães, avós” injustiçados e tratados como terroristas.
“No Brasil, tudo passou a ser fake news, atentado contra o Estado Democrático de Direito. Vão completar dois meses com 900 pessoas presas, tratadas como terroristas. Não foi mostrado, quando foram presas, um canivete sequer com elas. E estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós”, declarou Bolsonaro.
O comentário foi proferido durante uma palestra do integrante do PL, que promete retornar ao País no início do próximo mês. No evento nos Estados Unidos, Bolsonaro se posicionou contra a manifestação de 08 de janeiro e pontuou que os desdobramentos dos ataques são considerados “insegurança para nós”.
Ele aproveitou a oportunidade para criticar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. “Trouxeram o Marcola agora para o convívio da sociedade. Esse não tem perigo nenhum, mas essas pessoas que estão presas, 900 aproximadamente, são perigosas”, destacou Bolsonaro se referindo à transferência do narcotraficante para a penitenciária de segurança máxima de Brasília.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, libertou 137 presos nesta terça-feira, 28. Ele justificou que as investigações não apontaram relação deles como financiadores ou executores principais dos atos antidemocráticos. Uma das pessoas detidas na invasão foi uma idosa de Santa Catarina já condenada por tráfico de drogas, estelionato e falsificação de documento público. Em Goiás, os servidores públicos participantes da invasão foram demitidos.
Uma das revelações após o 8 de janeiro foi o rascunho de documento que pedia um golpe encontrado na casa do ex-ministro de Bolsonaro e até então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O servidor de carreira da Polícia Federal passava férias nos Estados Unidos, coincidentemente no mesmo estado onde Bolsonaro mora desde o fim do ano passado, quando teve o pedido de prisão decretado. Ele voltou ao Brasil e está detido em Brasília.
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