O dólar comercial voltou a bater recorde e fechou em R$ 6 pela primeira vez na história após ter atingido a marca de R$ 6,11 durante o dia. No encerramento das negociações, a moeda norte-americana apresentou alta de 0,19%, sendo vendida a R$ 6,001. Enquanto isso, a Bolsa de Valores apresentava um cenário de alta às 17h.
O dia foi marcado por uma intensa volatilidade, com quebra de recorde do dólar que chegou a ser cotado a R$ 6,11 antes de encerrar o dia com alta de 0,19% em relação ao dia anterior, fechando a semana em R$ 6,00. A alta acumulada na semana foi de 3,79%, com o mercado reagindo de forma negativa às medidas de corte de gastos e mudanças na isenção do Imposto de Renda anunciadas na quinta-feira.
A tranquilidade só foi restaurada ao longo do dia, após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmar que o pacote de cortes de gastos tinha a aprovação dos deputados e que a Câmara estava disposta a colaborar e aprimorar as propostas. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também manifestou apoio com ressalvas, garantindo a possibilidade de incremento nas medidas anunciadas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em um almoço com banqueiros e CEOs promovido pela Federação Brasileira de Bancos em São Paulo, defendeu o ajuste fiscal e não descartou a possibilidade de novas medidas de corte de gastos. Ele pediu cautela aos críticos do pacote fiscal e afirmou que não existe uma solução única para os problemas econômicos, reforçando a importância das ações em andamento.
Os dados de emprego divulgados pelo IBGE também influenciaram o mercado, com a taxa de desemprego registrando uma queda para 6,2%, o menor patamar da história. A pesquisa revelou que a população ocupada no Brasil atingiu a marca de 103,6 milhões de trabalhadores, representando a maior taxa de ocupação desde 2012, impulsionada principalmente pelos setores da indústria, construção e outros serviços.
Por outro lado, a Dívida Pública Federal (DPF) atingiu o valor de R$ 7,073 trilhões em outubro, apresentando um aumento de 1,80% em relação ao mês anterior. Os números divulgados pelo Tesouro Nacional destacaram que a DPF encerrou o mês dentro dos limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento, que varia de R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões ao longo do ano. A gestão financeira segue sendo um desafio para o governo diante do cenário econômico instável em DE.